Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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SERVIÇO DE ESTOMOTERAPIA NO SUS: UM CUIDADO DE ENFERMAGEM
Hellen M Goulart de Souza, Elizane M. Gomes Pires, Talita Portela Cassola, Marielle Kulakowski Obem, Eduardo Sousa Freitas, Bruna Martha Kleinert Halberstadt, Anahlú Peserico, Leonardo Rigo Guerra

Resumo


Introdução: O estoma é caracterizado por uma abertura realizada cirurgicamente permitindo a saída de fezes e urina, contribuindo no funcionamento do aparelho digestivo e intestinal. No ano de 2007, foi aprovado pelo Conselho Nacional de Saúde a Associação Brasileira dos Ostomizados e a regulamentação e a implementação dos Serviços de Atenção a Saúde das Pessoas ostomizadas/estomizadas, em todo o Território Brasileiro. Dessa forma institui-se uma rede de cuidados por meio da criação, ampliação e articulação de pontos de atenção permanente ou temporária, cabendo ao Sistema Único de Saúde a atenção a pacientes com estomas. O desligamento do paciente ao serviço ocorre no momento de alta em decorrência da cirurgia de reversão, desligamento voluntário, transferência de domicílio, óbito e /ou abandono por ausência ao serviço. Desse modo para melhor organização do serviço de atendimento aos pacientes estomizados e organização faz-se necessário que o profissional enfermeiro e gestor do serviço tenha o controle situacional do estado de saúde e necessidades dos pacientes estomizados. Objetivou-se realizar uma pesquisa documental nos prontuários dos pacientes cadastrados no serviço, bem como uma busca ativa para identificar os critérios de ausência ao serviço. Método: Trata-se de um relato de experiência de acadêmicas do 7° semestre do curso de Enfermagem do Centro Universitário Franciscano. O campo de estagio é em um setor de Estomias de uma Unidade Básica, localizado no município de Santa Maria- RS. Resultados: A totalidade de prontuários analisados de pacientes com colostomias e ileostomias foram de 261 pacientes, desses total 47% dos cadastrados estavam afastados do serviço, entre esses 52% dos pacientes são homens e 48% são mulheres. Com a realização da busca ativa evidenciou-se que 46% dos cadastros inativos encontravam-se desatualizado, não sendo possível ter o contato e identificar o motivo da ausência ao serviço. Já os pacientes que foram consultados, obtemos um total de 28% que estavam ativos retirando materiais, mas sem cadastro ativo no livro de registro, 18% haviam realizado a cirurgia de reversão e não necessitam mais do serviço e apenas 1 paciente realizou a transferência do prontuário para outro município e  6% tinham ido a óbito. Concluímos que a vivência no campo de estagio contribuiu de forma expressiva para a nossa formação acadêmica a qual possibilitou um maior contato e conhecimento das políticas publicas destinadas a essa população e o trabalho realizado pela enfermeira responsável no serviço.

Palavras-chave


Enfermagem; Cuidado; Ostomia

Referências


Associação Brasileira de Estomizados. BR  2012. [ON LINE] Disponível em: "http://www.abraso.org.br/ostomias.htm"

Brasil. JUSBRAZIL. Decreto 5296/04 | Decreto nº 5.296 de 2 de dezembro de 2004.[ON LINE] Disponível em: http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/97181/decreto-5296-04