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O presente ensaio apresenta algumas possibilidades de transformação das práticas sanitárias, mediados por processos de Formação e Educação Permanente em Saúde (EPS), através da adequação dos currículos das universidades e de práticas cotidianas de EPS para os trabalhadores do Sistema Único de Saúde (SUS). Constitui-se de uma experiência vivenciada pelos autores, alunos de um curso de medicina de uma universidade estadual da Bahia, entre os anos 2012 e 2013, na condução de processos político-pedagógicos que buscam a aproximação do discente com o cotidiano do trabalho em saúde. O relato objetiva propiciar uma reflexão crítica sobre a produção do cuidado em saúde e a produção pedagógica; rediscutir a educação na saúde e situações de ensino-aprendizagem. A metodologia do trabalho alicerçou-se no conhecimento do campo de prática (condições epidemiológicas, espaços e sujeitos); Estudo teórico relacionado; Estudo teórico-prático sobre o projeto político-pedagógico do curso de medicina; Construção de uma Clínica Ampliada e de Projetos Terapêuticos Singulares; E discussão sobre as práticas médicas na Estratégia de Saúde da Família. A experiência revela a necessidade de interação entre o ensino-comunidade a luz de um novo olhar para o trabalho em saúde, proporcionado aos discentes uma aproximação com os diferentes momentos e dimensões do processo saúde-doença. Concluiu-se que, o projeto político-pedagógico e os processos de EPS revelam-se como potência, na determinação de novas práticas sanitárias e podem proporcionar uma melhor aproximação dos discentes com o cotidiano do SUS, tornando-os protagonistas de mudanças no sistema. Os desafios para uma nova prática médica estão, muitas vezes, vinculados à falta de abordagens multidisciplinares e a relevância da medicina como prática social.

cuidado em saúde; Sistema Único de Saúde; formação profissional