Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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MORTALIDADE POR CAUSAS EXTERNAS EM HOMENS: UMA ANÁLISE DA FAIXA ETÁRIA
Giorgia Virginia Büse, Andressa Silva, Lilian Caroline Bohnen, Janaina Carneiro de Camargo, Lucimare Ferraz, Maria Assunta Busato

Resumo


Introdução: as mortes por causas externas vêm aumentando consideravelmente, o que coloca essa temática relevante no contexto atual. No Brasil, as ocorrências de mortes por causas externas, principalmente no gênero masculino, geram desafios para o setor de saúde. Objetivo: o referido estudo buscou analisar o perfil de mortalidade por causas externas, no gênero masculino, segundo a faixa etária, em municípios de Santa Catarina. Método: trata-se de um estudo quantitativo transversal que envolveu seis municípios com mais de 100 mil habitantes, de Santa Catarina. A coleta dos dados foi efetuada no banco de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) e no Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), referente ao período de 2009 a 2012. Resultados: este estudo apontou que homens na faixa etária de 20 a 39 anos encontram-se mais expostos a mortes por causas externas do que os homens de 40 a 59 anos. A faixa etária compreendida entre 20 e 39 anos abrange adultos em idade produtiva, situação esta, que gera maiores custos sociais e de saúde pública. Evidenciou-se que em ambas as faixas etárias predominaram os óbitos por acidentes de transporte e agressões. Exceto em um município, onde a faixa etária compreendida entre 40 a 59 anos, as principais causas externas de óbitos foram por acidentes de transporte e lesões autoprovocadas voluntariamente, seguidas então, das agressões. Assim, constatou-se que, homens na faixa etária de 40 a 59 anos suicidam-se mais que homens jovens. Conclusão: os óbitos por causas externas constituem, atualmente, um problema de saúde pública que demanda atenção direcionada. Para tanto, as políticas de gestão em saúde devem atentar para os indicadores epidemiológicos, que subsidiem ações para a redução da vulnerabilidade masculina, frente a esta problemática. É necessário que haja um planejamento adequado às diversas realidades com direcionamento de investimentos para novas tecnologias, serviços, recursos humanos, pesquisas, entre outros.

Palavras-chave


homens; gestão; mortalidade; causas externas

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