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DESENVOLVENDO O ENSINO E A PRÁTICA DA SHANTALA EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA FAMÍLIA – RELATO DE EXPERIÊNCIA
Resumo
A shantala iniciou-se em Kerala, no sul da Índia, sendo a princípio repassada pelos monges, e posteriormente de mãe para filha. E o médico obstetra francês Leboyer, em 1970, trouxe a prática de massagear bebês para o ocidente. A sequência da massagem estimula diversos pontos do corpo e harmoniza e ativa todos os órgãos da criança, proporcionando grandes benefícios. E a Shantala objetiva o equilíbrio fisiológico e a estimulação, permitindo o resgate da carícia, maior interação, afetividade e vínculo, propiciando um crescimento biopsicossocial da criança adequado. Entretanto, a prioridade do continente ocidental, esteve por muitos anos focada na medicação e nas tecnologias de saúde, e os benefícios das terapias orientais permaneceram restritas as classes mais favorecidas. O objetivo do projeto foi ampliar o conhecimento e acesso a prática da Shantala. A atividade de ensino da prática da massagem ocorreu em uma unidade básica de saúde da família, do município de Paraíba do Sul, estado do Rio de Janeiro, sendo realizada inicialmente com o ensino teórico, através de vídeo e explicações orais, e posteriormente com a prática da massagem, realizadas pelas mães nos seus filhos sob supervisão e exemplificação da enfermeira. O resultado foi positivo, pois as mães participantes relataram ter gostado da atividade, percebido a boa aceitação dos seus bebês e informaram que iriam dar continuidade nas suas residências. Notou-se que os bebês permaneceram tranquilos durante toda a realização da massagem, e as mães demonstraram interesse durante todo o período em aprender a realizar a técnica corretamente. Conseguimos sinalizar os benefícios da realização da Shantala no desenvolvimento e vínculo da mãe com o bebê, e dissipar uma prática que ainda é desconhecida por muitos.
Palavras-chave
Enfermagem; Saúde da Criança; Shantala.
Referências
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