Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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AGENTES DE SAÚDE CRIANÇA - AGENTES DE TRANSFORMAÇÃO NA COMUNIDADE ESCOLAR.
Anamaria Cavalcante e Silva, Daniel Victor Lima de Araujo, Aline Mota Alves, Ana Carolina Vasconcelos Moreira, Allana Mayara Fernandes Moreira, Bruno Leite Cabral, Bruno Furtado Lima, Bernardo Pinto Freitas, Clayton Freire Melo Filho, Clarice Diogenes Pinheiro, Carlos Henrique Vieira Lopes, Bruna Santos Ximenes, Danielle Cristina Chaves Farias, Danilo Gonçalves Nobrega

Resumo


Caracterização do Problema: Em uma abordagem de ensino e aprendizagem orientada para a promoção de saúde, as crianças podem ser agentes no desenvolvimento e consolidação desta concepção. Com esta percepção, implantou-se em 2012, o Projeto de Agente de Saúde Criança (ASC) em uma Escola Promotora de Saúde (EPS). Descrição da Experiência: A iniciativa surgiu por acadêmicos do 2º semestre de Medicina, dentro de um Projeto de intervenção em uma EPS. Selecionou-se 13 crianças para o primeiro ano do projeto e 24 para o segundo, sendo cada ASC acompanhado individualmente por um acadêmico de medicina, tendo como critério de inclusão a capacidade comunicativa, a liderança e o empenho demonstrado por elas. As atividades basearam-se em problemas relatados por pais e professores, na escola e na comunidade. Abordou-se o problema do bullying, atos de violência física e/ou psicológica, através da sensibilização por teatro de fantoches. Desenvolveu-se a questão “alimentação saudável” mediante a construção de uma pirâmide alimentar, onde cada ASC a montava com a supervisão do seu acadêmico. A Dengue foi priorizada, devido ao aumento de casos na comunidade no inicio de cada ano, por meio de uma apresentação didática, finalizada com um “jogo dos 7 erros”, para consolidação do conhecimento. Foi criado o Caderno do Agente de Saúde Criança (CASC), onde cada ASC relata suas atividades realizadas durante a semana. Aplicou-se um questionário semiestruturado com todos os ASC para analisar o impacto do Projeto na evolução do conhecimento delas. Efeitos Alcançados: Através dos dados coletados e nas observações dos acadêmicos, verificou-se a ampliação do discernimento das crianças. Sendo isso confirmado pelos depoimentos de pais e professores, nos quais ficou visível a capacidade das crianças de promover saúde, uma vez que, apesar dos ASC deterem uma noção simples de saúde, possuem ampla capacidade de se comunicar e, assim, propagar o conhecimento aprendido, exigindo, até, mudança de comportamento dos familiares. O programa do UNICEF “promeff renewed” reconheceu e divulgou o projeto no seu site internacional, em setembro de 2013, como uma experiência bem sucedida: “Super child health agents of Escolinha Sol”. Recomendações: O Projeto Agente de Saúde Criança é de fácil aplicabilidade, apresenta resultados concretos já no primeiro ano e tem potencial para ser adotado em escolas públicas e comunitárias que tenham dentre as suas metas a Promoção da Saúde.

Palavras-chave


Agentes comunitários de saúde; Educação em saúde; Criança

Referências


1- GARCIA, Rubens Nazareno et al. Agentes mirins de saúde: uma estratégia para formar multiplicadores de conhecimento. Revista Sul-brasileira de Odontologia, Itajaí/RS, v. 6, n. 1, p.13-19, 2009.

2-CASTO, A.P.R.; GONÇALVES, A. F.; CAETANA, F. H. P.; SOUZA, L.J. E. X.. Brincando e Aprendendo Saúde. Texto em Contexto em Enfermagem. Florianópolis.v.7n.3 p85-95.set./dez/ 1998.

3- Anais do 2º Congresso Brasileiro de Extensão Universitária, 2004, Belo Horizonte. Projeto Agentes De Saúde Mirins. Canoas: Universidade Luterana do Brasil, 2004.

4- SILVA, Anamaria Cavalcante. Os Agentes de Saúde: da pequena Jucá para o Nordeste e para o Brasil. In: Anamaria Cavalcante e Silva, Autora. Viva Criança: Os caminhos da sobrevivência infantil no Ceará. Fortaleza-CE. Edições Fundação Demócrito Rocha, 1999, 177-133.