Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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TABAGISMO EM GESTANTES ACOMPANHADAS EM CENTRO DE DESENVOLVIMENTO FAMILIAR NO MUNICÍPIO DE FORTALEZA
Kamilly Camurça Cavalcante, Maria de Fátima Farias Valente, Jamile Lopes de Moraes, Alline Falconieri de Moura, Camila Freitas Martins, Ana Kelve de Castro Damasceno

Resumo


O consumo de tabaco durante o período gestacional causa implicações à saúde materna e fetal, contribuindo diretamente para a ocorrência de abortos espontâneos, crescimento intrauterino restrito, parto prematuro, baixo peso ao nascer, morte perinatal e deficiência cognitiva no concepto, podendo também ter ação na redução da produção láctea, fator que pode acarretar prejuízos importantes para a prática do aleitamento materno exclusivo. Objetivo: Verificar a frequência de gestantes tabagistas em um serviço de assistência pré-natal na cidade de Fortaleza-CE. Metodologia: Estudo de corte transversal, com abordagem descritiva, realizado em outubro de 2013 na Casa de Parto Natural Lígia Barros Costa, na cidade de Fortaleza-CE. A população foi constituída por gestantes que realizaram atendimento pré-natal de janeiro a outubro de 2013, totalizando 258 gestantes. A Amostra foi composta por 55 gestantes classificadas como tabagistas. Os dados foram coletados a partir das informações contidas nos prontuários das gestantes através de um formulário estruturado. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Ceará, sob parecer nº 321.022/2013. Resultados: Observaram-se três grupos distintos de tabagistas, a saber: o 1º de fumantes ativas, composto por 20 (36,3%) gestantes; o 2º composto por tabagistas que pararam de fumar depois da comprovação da gravidez, equivalente a 12 (21,8%) gestantes e o 3º grupo de gestantes que não fumam, mas residem com familiar ou companheiro tabagista, fumantes passivas, 23 (41,8%). A idade das gestantes variou de 15 a 45 anos. Quanto à escolaridade, observou-se uma maior frequência de gestantes com ensino fundamental incompleto (22; 40%).Com relação ao relacionamento, 19 (34,5%) gestantes informaram ser solteiras; 33 (60%) referiram união estável e 3 (5,45%) gestantes relataram ser casadas. No tocante ao número de gestações, houve maior frequência nos grupos de primigestas e secundigestas, ambos compostos por 19 (29,1%) gestantes. Conclusão: Faz-se necessário realizar ações de educação em saúde visando esclarecer as gestantes sobre as consequências que o consumo de tabaco durante o ciclo gravídico-puerperal pode acarretar ao binômio e que seja enfatizado durante as consultas de pré-natal a necessidade das gestantes tabagistas buscarem auxílio para a cessação desse hábito visando o bem estar materno e o nascimento de um recém-nascido saudável.

Palavras-chave


Tabaco; Gestantes; Complicações na gravidez

Referências