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TABAGISMO EM GESTANTES ACOMPANHADAS EM CENTRO DE DESENVOLVIMENTO FAMILIAR NO MUNICÍPIO DE FORTALEZA
Resumo
O consumo de tabaco durante o período gestacional causa implicações à saúde materna e fetal, contribuindo diretamente para a ocorrência de abortos espontâneos, crescimento intrauterino restrito, parto prematuro, baixo peso ao nascer, morte perinatal e deficiência cognitiva no concepto, podendo também ter ação na redução da produção láctea, fator que pode acarretar prejuízos importantes para a prática do aleitamento materno exclusivo. Objetivo: Verificar a frequência de gestantes tabagistas em um serviço de assistência pré-natal na cidade de Fortaleza-CE. Metodologia: Estudo de corte transversal, com abordagem descritiva, realizado em outubro de 2013 na Casa de Parto Natural Lígia Barros Costa, na cidade de Fortaleza-CE. A população foi constituída por gestantes que realizaram atendimento pré-natal de janeiro a outubro de 2013, totalizando 258 gestantes. A Amostra foi composta por 55 gestantes classificadas como tabagistas. Os dados foram coletados a partir das informações contidas nos prontuários das gestantes através de um formulário estruturado. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Ceará, sob parecer nº 321.022/2013. Resultados: Observaram-se três grupos distintos de tabagistas, a saber: o 1º de fumantes ativas, composto por 20 (36,3%) gestantes; o 2º composto por tabagistas que pararam de fumar depois da comprovação da gravidez, equivalente a 12 (21,8%) gestantes e o 3º grupo de gestantes que não fumam, mas residem com familiar ou companheiro tabagista, fumantes passivas, 23 (41,8%). A idade das gestantes variou de 15 a 45 anos. Quanto à escolaridade, observou-se uma maior frequência de gestantes com ensino fundamental incompleto (22; 40%).Com relação ao relacionamento, 19 (34,5%) gestantes informaram ser solteiras; 33 (60%) referiram união estável e 3 (5,45%) gestantes relataram ser casadas. No tocante ao número de gestações, houve maior frequência nos grupos de primigestas e secundigestas, ambos compostos por 19 (29,1%) gestantes. Conclusão: Faz-se necessário realizar ações de educação em saúde visando esclarecer as gestantes sobre as consequências que o consumo de tabaco durante o ciclo gravídico-puerperal pode acarretar ao binômio e que seja enfatizado durante as consultas de pré-natal a necessidade das gestantes tabagistas buscarem auxílio para a cessação desse hábito visando o bem estar materno e o nascimento de um recém-nascido saudável.
Palavras-chave
Tabaco; Gestantes; Complicações na gravidez