Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE E AGENTE DE COMBATE A ENDEMIAS: UNIÃO DE FORÇAS NO COMBATE A DENGUE
Gisele Lopes Oliveira, Natália Bastos Ferreira, Leonardo Félix Freitas, Nicacia Souza Oliveira, Francisca Silva Alencar, Laudicéia Noronha Xavier, Cleide Carneiro

Resumo


A dengue, doença viral transmitida por vetor, tem grande relevância na Saúde Pública brasileira. No ano de 2002 o Ministério da Saúde criou o Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD) que possui dentre seus princípios fundamentais a integração da Atenção Básica e da Vigilância em Saúde para que estas desenvolvam ações de controle da dengue fundamentado no trabalho integrado e complementar dos agentes comunitários de saúde e dos agentes de combate a endemias. Este estudo objetivou investigar a parceria dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e dos Agentes de Combate a Endemias (ACE) nas estratégias de combate a dengue no município de Iguatu-Ce. Para tanto, foi realizado uma pesquisa de natureza descritiva exploratória com abordagem qualitativa com 9 agentes de saúde e 7 agentes de endemias do município de Iguatu-Ce . Os resultados foram analisados a luz da Teoria de Bardin, onde foram classificados por categorias. A pesquisa respeitou a Resolução 196/96, do Conselho Nacional de Saúde (CNS). Na análise dos dados identificamos que as agentes comunitárias de saúde encontram-se prioritariamente na faixa etária de 25 a 50 anos de idade e os agentes de combate a endemias na faixa etária de 20 a 45, o tempo de atuação profissional varia de 01 a 05 e de 20 a 25 anos para agentes de saúde e de 01 a 05 e 05 a 10 anos para agente de endemias. Foram construídas as seguintes categorias: Ações realizadas no combate a dengue no município de Iguatu-Ce; Fatores limitantes e/ou impeditivos para o combate a dengue na visão dos agentes comunitários de saúde e agentes de combate a endemias. Sentimentos e expectativas evidenciadas pelos agentes na luta contra a dengue. Foi possível perceber que ações são realizadas por parte dos agentes junto às comunidades, ações essas voltadas tanto para a eliminação direta de criadouros do mosquito como também ações direcionadas para a conscientização dos moradores. Quanto aos aspectos considerados limitantes para a realização do combate a dengue nas comunidades percebeu-se que prevaleceu como impeditivo a conscientização da população em aderir medidas que diminuam a possibilidade de propagar criadouros. O presente estudo vem mostrar que a ideia de integração de trabalho desses profissionais é mais uma forma de se trabalhar o combate a dengue para que dessa forma se consiga enfim a solução do problema exposto.

Palavras-chave


Dengue;Agente Comunitário de Saúde; Agente de Combate a Endemias

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