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‘’CONHECER PARA RECONHECER’’: COMPREENDENDO A CONSTRUÇÃO IDENTITÁRIA PARA ATENÇÃO À SAÚDE DE JOVENS ESCOLARES
Resumo
Caracterização do problema: A intersetorialidade Escola-Saúde proporcionada por prática em Residência Multiprofissional em Saúde da Família e Comunidade trouxe a necessidade de primeiramente conhecer os adolescentes para reconhecer as possibilidades de práticas junto com os mesmos. A adolescência é marcada pela construção da identidade, que se relaciona na forma como o jovem se expressa visualmente - vestuário, postura e em espaços virtuais de socialização (redes sociais). Assim, torna-se fundamental conhecer estes jovens e abordar sobre identidade juvenil, por entender que na fase da adolescência ocorrem mudanças, a constituição de escolhas próprias e que sua identidade é refletida na forma como se vestem, gostos e relações. Descrição da experiência: Foi realizada atividade com jovens escolares do 7º ano, iniciando Projeto Se liga na Saúde. Foi adotada metodologia participativa e dinâmica, na qual foram confeccionados bonecos de isopor e impressos modelos de vestuários, a fim de representarem formas diferentes de expressão juvenil na sociedade. Inicialmente, foi conversado sobre a diversidade das expressões da personalidade e sua relação com a imagem pessoal. Após, foram divididos em 4 grupos para a realização da atividade “Quem eu sou?”, na qual em discussão coletiva, tinham que construir a identidade de uma menina e um menino (bonecos) utilizando-se de peças de vestuário (impressas), definir seus nomes e outras características pessoais. Findado esta construção, realizou-se a exposição coletiva e debate sobre os mesmos. Para finalizar, foi entregue modelo impresso de perfil de rede social a fim de conhecer aspectos da identidade particular de cada aluno. Efeitos alcançados: A atividade possibilitou conhecimento sobre as expressões identitárias do público alvo do Projeto e uma melhor aproximação com os mesmos. Observou-se a relação de que a moda é uma forma de linguagem que abrange para além da anatomia, os gestos, o olhar, e que mesmo em jovens que frequentam o mesmo ambiente, não há uniformidade em sua expressão, são indivíduos com diferenças entre si, visualmente ou verbalmente. Esta compreensão foi fundamental para o planejamento de outras atividades. Recomendações: cabe aos profissionais de saúde conhecer os participantes de suas práticas, na sua constituição identitária, para melhor reconhecer como estes se relacionam com o ambiente à sua volta, consigo e, assim, na constituição do seu bem estar físico, mental e social.
Palavras-chave
identidade juvenil; educação em saúde; saúde na escola