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Os nutrientes são capazes de interagir com fármacos, sendo um problema de grande relevância na prática clínica, devido às alterações na relação risco/benefício do uso do medicamento. Eles podem modificar os efeitos dos fármacos por interferirem em processos farmacocinéticos, como absorção, distribuição, biotransformação e excreção (Oliveira, 1991; Yamreudeewong et al., 1995), acarretando prejuízo terapêutico. Sendo assim, a nutrição está diretamente ligada no uso de fármacos, visto que os medicamentos têm como ação adversa o ganho de peso, a constipação intestinal, a boca seca, a alteração na produção de saliva, a halitose, interação com nutrientes e bioquímicas. Todavia, o objetivo deste trabalho foi descrever as mudanças de peso e as alterações medicamentosas dos pacientes de uma Unidade de Saúde Mental, no qual consistiu em uma análise transversal de 4 pacientes que tiveram mudanças de peso bastante significativas. No que concerne à metodologia, foi utilizado a aferição da medida antropométrica, utilizando uma balança digital, a coleta de dados destes pacientes foi obtida através do prontuário, e a relação medicamentosa foi feita através de referencias bibliográficas. Contudo, foi evidenciado através da apresentação destes casos clínicos, que dois pacientes tiveram ganho ou perda de peso em torno de 10% e outros dois pacientes tiveram respectivamente 23% de ganho em relação ao peso habitual e 53% em relação ao peso usual. Comparado ao uso de fármacos, os 4 pacientes usavam no mínimo 3 medicamentos diários, quanto à classe destes, todos os pacientes tomavam antipsicóticos e Anti-histamínicos. Na relação medicamentosa entre eles, foi observada uma relação entre o ganho de peso e constipação intestinal. Sendo assim, torna-se de grande relevância o papel da nutrição em saúde mental, para minimizar ou evitar as possíveis interações dos fármacos com nutrientes e melhorar o estado nutricional destes pacientes.

casos clínicos, alterações nutricionais, fármacos, variação de peso