Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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EXPERIÊNCIA DE UM PROJETO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA INTERFERINDO NA SAÚDE DO HOMEM DE UM MUNICÍPIO DE PEQUENO PORTE
Natália Maria Maciel Guerra Silva, Flávia Teixeira Ribeiro Silva, Simone Cristina Castanho Sabaini Melo, Luiz Fabiano Zanatta Zanatta, Fernanda Sene Santucci, Davi Junior Alves Levísio Junior Alves Levísio, Maria Fernanda Alves Dolenz, Leonardo Regis Leira Pereira

Resumo


As necessidades de saúde não se manifestam como um problema imediato, mas como algo evitável, na qual a Atenção Básica pode intervir com ações preventivas e de promoção à saúde, entretanto, a ausência dos homens ou sua invisibilidade nesses serviços são tidas como uma característica da sua identidade, sendo que estas estariam associadas à desvalorização do auto-cuidado e à preocupação incipiente com a saúde. O objetivo deste projeto de extensão foi conscientizar os homens sobre os cuidados com a sua saúde e capacitar os profissionais de saúde que trabalham na atenção básica sobre a temática. Para a capacitação dos profissionais foi realizado um treinamento com palestras e do desenvolvimento de discussão em grupos para a criação das diretrizes municipais para a Saúde do Homem. Também foram realizadas diversas campanhas de conscientização e aplicação de um questionário seguida de aferição da pressão arterial e glicemia capilar, após assinatura do TCLE, para a população em geral nos locais passíveis de encontrar os homens (na rua, em eventos culturais e em bares). Durante o treinamento foram capacitados 62 profissionais de saúde que atuam na atenção básica, sendo eles médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares odontológicos farmacêuticos, agentes comunitários e saúde e agentes de endemias. Eles desenvolveram um esboço das diretrizes de saúde do homem para ser apresentado no conselho municipal de saúde. Durante as campanhas 39 homens foram entrevistados, sendo que a idade mínima foi 20 anos e a máxima 65 anos (média 39 anos), a maioria era casado com renda média de R$2.830,00 reais (mínima R$ 600,00 e máxima R$10.000,00), a maioria não tem plano de saúde e é usuária do SUS. 12 pessoas estavam com a glicemia alterada e 13 pessoas com a pressão arterial elevada (≥ 140/90 mmHg) na hora da entrevista. Diante disto, destaca-se a necessidade do aprofundamento do conhecimento sobre a saúde do homem, pois a partir desta análise a equipe de saúde pode trabalhar com a prevenção e a promoção da saúde, melhorando a qualidade de vida e racionalizando os investimentos. Pois no município de Bandeirantes-PR, e na maioria dos municípios brasileiros, não existe protocolo de atendimento específico para a Saúde do Homem, visando o desenvolvimento de ações de promoção da saúde e prevenção de agravos à população masculina no futuro.

Palavras-chave


Palavras chave: Saúde do homem; educação em saúde; Relações comunidades-Instituição.