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A adolescência e a gravidez, ambas as situações geradores de anseios, conflitos e alarmes além das transformações físicas, psíquicas e sociais. Esta última reflete bem mais profundamente quanto à própria adolescência, pois esta situação gera um desvio desse processo de amadurecimento social que deveria ocorrer ao longo da adolescência, interrompendo papeis ocupacionais próprios desta fase tais como estudo, trabalho e a própria convivência com seus grupos afins. Este trabalho visa relatar a inserção do terapeuta ocupacional em equipe formadora do Núcleo de Atenção a Saúde da Adolescente Gestante encaminhadas do ambulatório de pré-natal de alto risco de hospital público de referência no município de Fortaleza-CE. Dentre os objetivos do serviço visa oferecer a elas uma atenção multidisciplinar no qual a participação do terapeuta ocupacional na equipe compreende com base na Educação em Saúde minimizar dúvidas, promover estratégias de enfrentamento do cotidiano e na aquisição de novos papéis ocupacionais além de proporcioná-las conhecimentos de base no cuidado de si e do seu filho. O terapeuta ocupacional baseia-se no estudo do cotidiano que se refere à compreensão de um campo do fazer construído com coerência e dos contextos da vida ocupacional do sujeito para construir sua intervenção, por meio de avaliações das áreas, componentes e contextos de desempenho ocupacional, detecta possíveis efeitos negativos e busca na interação com as adolescentes discutir e ressignificar de forma participativa os novos papéis desenvolvidos nessa etapa de vida, de modo a auxiliar o individuo na compreensão de suas próprias necessidades possibilitando a ele buscar recursos externos e internos, adequados para lidar com os conflitos, possibilitando uma ressignificação e estruturação de seu fazer e pensar como sujeito atuante no mundo, respeitando sua individualidade e facilitando à adolescente o conhecimento de todas as transformações características, deste período, possibilitando, entender e lidar com esta situação e suas implicações. Desse modo, o profissional cria um espaço para ela, independente da situação de mãe, ou gestante, ou de paciente, e desta forma, reconhece-a como ser de relações, que tem a sua história de vida sendo marcada por uma grande transformação em seu cotidiano, buscando favorecer o seu fortalecimento, a adaptação ativa à realidade, o rompimento de estereótipos, a redistribuição de papéis e uma atitude positiva em relação às mudanças sofridas.

adolescente; gestante; terapia ocupacional