Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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A EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE CONTRIBUINDO PARA O CONTROLE DAS INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA A SAÚDE
Aline Massaroli, Jussara Gue Martini, Rodrigo Massaroli

Resumo


Introdução: A Educação Permanente em Saúde é uma estratégia fundamental para a formação e desenvolvimento de profissionais de saúde. A formação e o aprimoramento dos profissionais são apontados como essenciais para a prevenção e o controle das infecções relacionadas à assistência à saúde. Objetivo: Conhecer como a Educação Permanente em Saúde tem influenciado os Serviços de Controle de Infecção de hospitais de médio e grande porte das Regiões de Saúde de Blumenau, Itajaí e Balneário Camboriú nas ações de prevenção e o controle das infecções relacionadas à assistência à saúde, e ainda como estes têm avaliado o impacto destas. Metodologia: Pesquisa qualitativa, exploratória e descritiva, utilizou-se a entrevista semiestruturada para a coleta de dados com os profissionais graduados que atuam nos Serviços de Controle de Infecções Hospitalares. Pesquisa aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa, parecer nº 2293/2012. Resultados: Os profissionais que atuam nos serviços de controle de infecção reconhecem a importância e a necessidade das práticas educativas para a efetividade das ações de prevenção e controle das infecções, todavia, as práticas educativas desenvolvidas por estes, destoam das recomendações da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde. Evidenciou-se, que estes profissionais, em sua maioria, desconhecem a existência e o conteúdo desta política. Ressalta-se, que os serviços de controle de infecção, frequentemente, não utilizam ferramentas que possibilitam o acompanhamento do impacto das práticas educativas que adotam, realizando uma avaliação sobre o desempenho dos demais profissionais de saúde por meio dos índices de infecções registrados em suas instituições ou outros indicadores isolados. Emerge a necessidade de estes serviços saírem do foco da avaliação do desempenho do profissional, voltando-se para a estratégia que foi utilizada, bem como as possibilidades de reorganizá-las e reorientá-las para desenvolver um processo que facilite a aprendizagem e a interação com os demais profissionais de saúde. Conclusões: Este distanciamento acaba dificultando o aprimoramento dos profissionais controladores de infecção nas competências necessárias para o desenvolvimento dos processos educativos que poderiam gerar maior impacto em suas ações. Fazem-se necessárias intervenções diversas com o intuito de aproximar a prática do controle de infecção da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde.

Palavras-chave


Educação permanente; serviço de Controle de infecções; profissionais de saúde.