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No Brasil, o grau de excelência na hemoterapia vem sendo um alvo cada vez mais almejado por todos os profissionais de saúde. O desenvolvimento tecnológico e científico crescente na área da saúde ainda não foi capaz de produzir um substituto para o sangue. Isso se deve em parte, à complexidade dos seus elementos constituintes, tornando-o uma terapêutica indispensável à vida. Objetivo: identificar os principais eventos que marcaram a história das transfusões sanguíneas no Brasil. Método:  revisão de literatura das bases de dados na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). Foram utilizados os descritores: “transfusão de sangue”, “história” e “Brasil”. Os critérios de inclusão foram: artigos disponíveis online em inglês, português e espanhol, tratando da história das transfusões sanguíneas no Brasil. Resultados:  os relatos sobre as transfusões sanguíneas surgem na primeira década da era científica, quando os médicos Brandão Filho e Armando Aguinaga destacaram-se na prática transfusional no Rio de Janeiro, nessa cidade foi inaugurado o primeiro banco de Sangue do Brasil, em 1942. Em Salvador, um relato importante foi quando Garcez Fróes realizou transfusão de sangue utilizando um aparelho denominado Agote. Nesse período surgem os bancos de sangue privados, gerando a comercialização do sangue e lucratividade, o que favoreceu a proliferação de doenças transmitidas pelo sangue, sendo proibida a comercialização do sangue na constituição de 1988. Na década de 1990, cresce o número de serviços de hemoterapia que passaram a gerenciar processos por meio de sistemas de qualidade. Em 1993, foi publicada a primeira portaria das normas técnicas para transfusões de sangue. A partir daí, o Ministério da saúde sempre vem lançando novas atualizações. Um marco atual é a determinação para realização do Teste de Ácido Nucleico (NAT) em todas as bolsas de sangue coletadas. Este tipo de exame reduz a chamada “janela imunológica” com a identificação mais rápida dos Vírus Imunodeficiência Humana (HIV) e hepatite tipo “C”, visando ampliar a segurança transfusional. Conclusão: a história da hemoterapia no Brasil foi marcada por eventos que denotam o progresso em termos de conhecimento e embasamento científico relacionado ao processamento e utilização do sangue na prática clínica. A implementação de novas tecnologias, normas éticas e legais, fortaleceram a aceitação da comunidade científica na hemoterapia.

Transfusão de sangue, Hemoterapia, História.