A Educação Permanente no Brasil foi instituída em 2004 como uma estratégia do Sistema Único de Saúde para a formação e o desenvolvimento de profissionais para o setor da saúde Este estudo tem como objetivo conhecer o processo de implantação da Estratégia de Educação Permanente (EP) em um município da Serra Catarinense, no cotidiano das Unidades básicas de Saúde(UBS). Tratou-se de estudo de caso de cunho qualitativo de caráter exploratório voltado à dinâmica de implantação do processo de EP em diferentes UBS. Os dados foram levantados a partir da aplicação de um questionário semi-estruturado que incluiu questões abertas e fechadas. Este projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa e contou com a colaboração dos profissionais inseridos na residência multiprofissional. Uma análise preliminar dos dados indicou que a Educação Permanente muitas vezes não passa de um espaço reservado a reuniões de equipe, discussões sobre encaminhamentos e distribuição do trabalho nas UBS. Tal proposta impede a reflexão sobre prática profissional, a troca de experiências, a reorganização dos serviços de saúde e o comprometimento da equipe com a mudança do paradigma de saúde. Sendo assim, a EP que deveria contribuir no fortalecimento e consolidação do Sistema Único de Saúde – SUS segue como uma estratégia ainda suficiente para transformar a prática sanitária.