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Promover o viver saudável em comunidades vulneráveis torna-se uma tarefa instigante, pois essas sofrem influências ambientais, econômicas, políticas e culturais, as quais enfraquecem as relações, as interações e as associações individuais, familiares e sociais. Pesquisadores relatam a importância do desenvolvimento de atividades educativas, buscando uma conscientização das crianças para a valorização da saúde e da promoção do viver saudável. Referem-se sobre a adoção de comportamentos saudáveis para que a partir deles se faça uma diminuição significativa dos problemas de saúde estando esses relacionados ao estilo de vida, encarando a importância da existência do indivíduo em sua singularidade. Para tanto, objetivou-se promover o viver saudável de crianças de uma comunidade vulnerável pelo desenvolvimento de práticas educativas, proativas e empreendedoras, com o propósito de torna-las conhecedoras das politicas publicas de saúde. Trata-se de uma pesquisa ação/ qualitativa que ocorreu entre os meses de janeiro a Julho de 2013 em uma comunidade socialmente vulnerável do município de Santa Maria, RS. Participaram do estudo 15 crianças estudantes com idade igual ou inferior a 12 anos acompanhadas de pais ou responsáveis. Foram atendidos os preceitos éticos. A pesquisa foi avaliada e aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UNIFRA e registrado no CONEP, sob o número 1246/2011. Os resultados evidenciaram sobre a importância do sentir-se bem, englobando os seus diversos meios, desde beber água e brincar até a questão da autoestima e do amor. Evidencia-se também que as crianças possuem uma concepção ampliada sobre onde buscar a ajuda em saúde, bem como seus direitos a saúde. A violência foi demarcada como um dos principais elementos comprometedores do viver saudável, podendo-se ressaltar a vulnerabilidade social a qual as crianças estão contextualizadas. Por outro viés a família foi destacada como elemento sistematizador do viver saudável, emergindo como um componente fundamental do afeto. Conclui-se acerca de um grande desafio aos profissionais da saúde protagonista do Sistema Único de Saúde (SUS), os quais devem multidimensionalizar a visão das crianças para que tornem-se protagonista de sua saúde e dessa forma desenvolva o pensamento critico-reflexivo nesses indivíduos afim de que sejam autores e promotores de suas próprias vidas e assim tornem-se cidadãos proativos principalmente na consolidação de estratégias que fortaleçam as politicas públicas de saúde.

Crianças, Promoção da saúde, Qualidade de vida, Enfermagem