Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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UM OLHAR PARA O RISCO DE ABANDONO DE TUBERCULOSE NO SERVIÇO DE ATENDIMENTO ESPECIALIZADO PARA HIV/AIDS
Sandra Maria do Valle Leone de Oliveira, Everton Ferreira Lemos, Luciane Negrete Saracho, Fernanda Monteiro, Hércules Makio, Adriana Carla Negri, Taise Namie Nakata, Anamaria Melo Miranda Paniago, Vanessa Matos

Resumo


Os Serviços de Atendimento especializado (SAE) são corresponsáveis no atendimento da coinfecção Tuberculose (TB) e AIDS. A adesão ao tratamento se destaca entre os maiores desafios na atenção a saúde. Inúmeros estudos têm buscado identificar situações que podem estar relacionados a dificuldades de adesão à TARV e ao tratamento de TB. Sabe-se que a relação insatisfatória do usuário com os profissionais da equipe de saúde, incluindo seu nível de satisfação com os serviços prestados, procedimentos realizados e acesso a exames, medicamentos e consultas, entre outros fatores relacionados, podem estar relacionados a dificuldades de adesão ao tratamento. Descrição da experiência: No atendimento do ambulatório de tuberculose no SAE Todos os pacientes eram avaliados pelo Enfermeiro para o risco de abandono utilizando um escore de abandono adaptado de Prato et al. (2011). O escore exigia o questionamento de variáveis: sexo, hábitos de fumar cigarro e uso de drogas, ocupação, religião. Os casos considerados de alta probabilidade retornavam semanalmente, os de probabilidade intermediária a cada 15 dias e os de baixa probabilidade mantinham a consulta médica. Do grupo avaliado, 41% tinham alta probabilidade, 22% intermediária e 37% de baixa probabilidade. Em relação ao desfecho, não houve abandono no grupo de pacientes que tiveram escore identificado como baixa probabilidade. Efeitos alcançados: Dos casos avaliados, apenas um caso abandonou o tratamento, dois pacientes fizeram tratamento irregular, porém não abandonaram. Todos os demais tiveram como desfecho a cura. Recomendações: A utilização do instrumento nas consultas de enfermagem mostra-se promissor no manejo clínico do paciente com TB. Observou-se dinamismo durante as fases de tratamento de alguns pacientes, dados que sugerem a aplicação contínua do escore durante o seguimento do tratamento. Agradecimentos ao Hospital Dia, FUNDECT e PET- PRO- Saúde (PET - Vigilância).

Palavras-chave


Tuberculose; enfermagem; interdisciplinaridade