Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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PROGRAMA SAÚDE NAS ESCOLAS: REVELANDO O FAZER DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇAO
Italla Maria Pinheiro Bezerra, Luiz Carlos de Abreu, Maria Natália Leite Dantas, Jennifer Yohanna Ferreira de Lima Antão, Ana Aline Andrade Martins, Maria de Fátima Antero Sousa Machado, Grayce Alencar Albuquerque

Resumo


O Programa Saúde na Escola - PSE surgiu como uma política intersetorial entre os Ministérios da Saúde e da Educação, na perspectiva da atenção integral à saúde de crianças, adolescentes e jovens do ensino público básico, no âmbito das escolas e unidades básicas de saúde, realizadas pelas Equipes de Saúde e educação de forma integrada. Objetivou-se analisar o processo de trabalho dos profissionais da educação no Programa Saúde nas Escolas. Estudo descritivo com abordagem qualitativa, realizado no município de Juazeiro do Norte, Ceará, Brasil. Fizeram parte deste estudo cinco escolas pertencentes ao Distrito Sanitário III, que participam PSE, tendo como informantes, oito profissionais da educação que atuam no programa em parceria com os profissionais da saúde. Utilizou-se como técnica para coleta do material a entrevista semiestruturada e, para organização dos dados seguiu a proposta da análise temática. Evidenciou-se que os profissionais, possuem percepções divergentes, alguns ainda com visão curativista, o que implica em uma percepção do programa que se reduz a ações tecnicistas e não a ações de promoção da saúde, fato que pode dificultar na efetivação das atividades. Relataram a implementação de atividades, principalmente clínica, como aferição de pressão arterial e medidas antropométricas, apenas. Foi importante investigar ainda, os fatores da realidade que influenciam positivamente e negativamente na execução destas ações. Foram mencionadas as facilidades da escola como fundamentais para esta viabilidade, enfatizando a importância do trabalho em equipe para promover uma assistência de qualidade a essa população tão vulnerável. Entretanto foram relatadas dificuldades pelos profissionais, dando ênfase principalmente a falta de recursos e conscientização dos alunos e da família para a realização das atividades. Ficou claro que embora seja um programa com alguns impasses, os profissionais acreditam na sua eficácia para promover melhor qualidade de vida aos escolares. A junção da saúde e educação constitui um grande potencial para estabelecer o cuidado; as possibilidades estão postas, resta unir o desejo e a articulação para que as ações sejam implementadas. Para efetivar esse trabalho intersetorial através da Estratégia de Saúde da Família, é fundamental a inclusão dos escolares nas ações da equipe e que os profissionais de saúde estejam abertos para trabalhar em rede e construir estratégias de intervenção de forma articulada com outros setores.

Palavras-chave


Saúde da família; escolar; promoção da saúde