Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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ACOLHIMENTO E ACONSELHAMENTO COMO TECNOLOGIAS LEVES EM SAÚDE NA PREVENÇÃO DA SÍFILIS CONGÊNITA EM FORTALEZA-CEARÁ
Marilene Alves Oliveira Guanabara, Maria Alix Leite Araujo, Fábio Alves Oliveira, Bruna Bezerra Sousa, Ana Cristina Martins Lopes

Resumo


Introdução: A sífilis congênita (SC) pode ser prevenida desde que ações sejam desenvolvidas durante a assistência pré-natal para tratar gestantes infectadas. Entretanto, muitas oportunidades são perdidas no PN para prevenção da SC. Acredita-se que o seu controle requer o desenvolvimento de estratégias tecnológicas no PN proporcionando melhorias na atenção à gestante e ao recém-nascido. Objetivo: busca analisar o uso de tecnologias para a prevenção e controle da sífilis congênita. Metodologia: Estudo descritivo, com enfoque qualitativo realizado no município de Fortaleza, Ceará. Foi realizado em quatro unidades primárias de saúde no município de Fortaleza-Ce, por apresentarem dados contrastantes em relação à notificação de casos de SC entre os anos de 2007 a 2009 (SMS, 2010). A pesquisa de campo ocorreu no período de abril a setembro de 2011 por meio da observação direta das consultas e entrevistas com os coordenadores das unidades, médicos, enfermeiros, gestantes com o resultado do VDRL positivo notificado pela unidade e profissionais do Serviço de Arquivo Médico Estatístico (SAME). A análise consistiu em contextualizar as observações e interpretar os relatos a partir da lógica do processo de trabalho em saúde; enfatizando a importância do uso de tecnologias na atenção pré-natal. Resultados: Os resultados revelaram falhas na assistência à gestante que comprometem a prevenção da sífilis congênita nas seguintes fases: na assistência pré-natal, na realização do exame de VDRL e no tratamento da gestante e do parceiro sexual. Todas as oportunidades de acolher prontamente a gestante para o início precoce do PN devem ser valorizadas, já que somente assim tem-se a oportunidade de realização precoce dos exames de rotina. Conclusão: O acolhimento precário e a falta de habilidade no trato das questões subjetivas relacionadas às doenças sexualmente transmissíveis aliados aos problemas na organização dos serviços e de descontinuidade do atendimento comprometem a oferta de tecnologias, inviabilizando o diagnóstico precoce da sífilis e consequentemente, o tratamento da gestante. Além de tudo isso, existe uma causa mais complexa que também é prejudicada com essa falta de acolhimento e aconselhamento como tecnologia leve.

Palavras-chave


Acolhimento, aconselhamento, gestante, sífilis