Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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DINÂMICAS LÚDICAS COM CRIANÇAS – CONHECENDO A INTERAÇÃO NO LAR
Mariana Silton Pinheiro de Araújo, Jocileide Sales Campos, Júlia Lucena Domingues, Luciana Ribeiro Moura, Júlia Guedelha Araújo

Resumo


Caracterização do problema: No desenvolvimento de atividades de um projeto de intervenção, com foco em competências familiares, realizado por um grupo de acadêmicos de medicina sob orientação de professor, foi criada e aplicada uma dinâmica facilitadora da discussão abordando a relação de ajuda e confiança mútua entre as crianças e seus avós. Linguagem acessível às crianças e interatividade foram requeridas para a vivência programada a partir da análise de questionário previamente aplicado aos familiares de crianças menores de dez anos evidenciando a presença de idosos no domicílio. Descrição da experiência: “Brincadeira do cego e do guia”. Foram distribuídas cadeiras aleatoriamente, formando um pequeno percurso, pelo pátio da escola BEIJO, onde é realizado o projeto de pesquisa-ação desde o começo do ano. Dez crianças entre sete e dez anos, esclarecidas sobre a dinâmica, foram organizadas em duplas em que uma seria o “cego”, usaria venda nos olhos, e a outra, seria o guia, orientando a primeira quanto à direção a seguir. No início, para demonstrar como funcionaria, alguns dos acadêmicos representaram o guia e uma criança, “o cego”. Em seguida, o “guia” e o “cego” eram as próprias crianças e o guia segurava no ombro do colega vendado para orientá-lo. Na sequencia, se posicionava a uma certa distância, e as coordenadas eram “em frente”  “à direita”, “à esquerda”, eram dadas verbalmente. Efeitos alcançados: Interação harmoniosa entre as crianças, que se divertiram e comentavam entre elas sobre as atitudes das duplas. Três perguntas ao final: gostaram da brincadeira? Resposta “sim” em coro; como se sentiram? “confiantes”, pois o guia se tratava de um (a) amigo (a), porém quando o guia era um dos acadêmicos, a confiança foi prejudicada, pois ele não era amigo; já o “guia” mostrou preocupação com o outro. Transportando a vivência para o dia a dia, na relação com os avós, algumas disseram que ajudavam seus avós quanto aos remédios, ou afazeres da casa. Percebendo que elas compreenderam o objetivo da dinâmica, reforçamos que do mesmo modo da brincadeira, poderiam “guiar” seus avós, ajudando-lhes em certas atividades cotidianas. Recomendações: Salientar a importância da confiança fortalecia pelo vínculo na relação - netos-avós, profissionais-pacientes - gerando comportamentos benéficos para quem cuida e é cuidado em um processo educativo.