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O Câncer vem se mantendo como sério problema de saúde pública no Brasil, devido a elevada morbimortalidade. Apesar de esforços, o crescimento de casos no país é alarmante. Para 2013, foram estimados mais de 518 mil novos casos (INCA, 2012), ocupando o 2º lugar no ranking das mortes por grupo de causas. Em Vitória da Conquista-BA, a primeira causa de óbito por câncer relacionado ao sexo é mama e próstata, requisitando o envolvimento da atenção primária como ordenadora da rede de atenção ao câncer. Este é o cenário do Programa de Educação pelo Trabalho na área de Vigilância em Saúde dos Ministérios da Saúde e da Educação em parceria com a Prefeitura Municipal, a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia e a Universidade Federal da Bahia, constituído por 1 (um) tutor acadêmico, 9 (nove) estudantes monitores e 2 (dois) preceptores. Tal programa objetiva promover educação permanente estabelecendo recomendações para reorganização dos processos de trabalho para vigilância ao câncer. Especificamente, pretende-se: Realizar Pesquisa Operacional como estratégia de promoção de educação permanente; Conhecer o perfil epidemiológico e sóciodemográfico dos pacientes com câncer na área de abrangência de Unidades de Saúde da Família (USF); Espacializar os casos de câncer de mama e próstata no território das USF; E identificar fatores de risco e descrever como se dá as ações de vigilância à saúde do câncer de mama e de próstata, a partir da atenção primária. Como métodos definem-se: Aproximação dos estudantes com a temática (revisão de literatura e seminários), visita técnica e inserção nas unidades de atenção primária e especializada que atendem pacientes com câncer e oficina teórica/ prática com os principais sistemas de informação/DATASUS; Oficina de Pesquisa Operacional que envolverá profissionais, gestão, usuário e estudantes como forma de promover mudanças sustentáveis nos processos de trabalho; Construção das recomendações, divulgando os resultados em seminário no âmbito municipal. Os resultados esperados são: A promoção de educação permanente; Conhecimento do perfil epidemiológico dos casos de câncer; Territorialização dos casos; Estabelecimento de espaços de reflexão acerca dos processos de trabalho, relativo à vigilância do câncer; Reconhecimento das fragilidades na vigilância ao câncer; E contribuição na reorientação da formação profissional dos estudantes. O projeto encontra-se em andamento.