Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


Tamanho da fonte: 
Assistência de Enfermagem a Consulta de Pré-Natal: um relato de experiência
Dinara Raquel Araújo Silva

Resumo


INTRODUÇÃO:

A unidade básica de saúde (UBS) deve ser a porta de entrada preferencial da gestante no sistema de saúde. É o ponto de atenção estratégico para melhor acolher suas necessidades, inclusive proporcionando um acompanhamento longitudinal e continuado, principalmente durante a gravidez. O objetivo do acompanhamento pré-natal é assegurar o desenvolvimento da gestação, permitindo o parto de um recém-nascido saudável, sem pacto para saúde materna, inclusive abordando aspectos psicossociais e as atividades educativas e preventivas.

O inicio precoce do pré-natal é essencial para adequada assistência, o numero ideal de consultas permanece em controverso. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o numero adequado seria igual ou superior a 6 (seis),devendo se manter uma atenção especial as grávidas com maiores riscos. As consultas deveram ser mensais até 28º semana, quinzenais entre  28º e 36º semanas e semanais no termo. Não existe alta do pré-natal. A assistência adequada, com a detecção e a intervenção precoce das situações de risco, bem como um sistema ágil de referencia hospitalar, além da qualificação da assistência ao parto, são grandes determinantes dos indicadores de saúdes relacionados à mãe e ao bebê que tem um potencial de diminuir as principais causas de mortalidade materna e neonatal.

O Brasil tem registrado redução na mortalidade materna desde 1990. Naquele ano a razão de mortalidade materna (RMM) corrigida era 140 óbitos por 100 mil nascidos vivos (NV), enquanto em 2007 declinou para 75 óbitos por 100 mil NV, o que representa uma diminuição de aproximadamente a metade. A melhoria na investigação dos óbitos de mulheres em idade fértil (de 10 a 49 anos), que permite maior registro dos óbitos maternos, possivelmente contribuiu para estabilidade da RMM observada nos últimos anos.

OBJETIVO

Relatar a vivências de consultas de pré-natal durante o estagio curricular supervisionado II do Curso de Graduação em Enfermagem.

MÉTODO

Trata-se de um relato de experiência vivenciado durante a disciplina estagio curricular supervisionado II do Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade Aliança/Mauricio de Nassau em uma Unidade Básica de Saúde do município de Teresina-PI, nos meses de agosto a novembro de 2013, sob a supervisão da enfermeira Bruna Castelo Branco. Para o levantamento de dados, foram realizados registros dos atendimentos no caderno de anotações e analisados o quantitativo de gestantes primeiramente, após buscamos identificar as dificuldades relatadas pelas mesmas e realizar orientações de acordo com suas necessidades e pertinentes ao bom desenvolvimento do pré-natal.

RESULTADOS:

Realizaram-se 03 atendimentos de pré-natal, sendo a faixa-etária das gestantes entre 13 a 25 anos. Percebeu-se que em 02 atendimentos as mulheres iniciaram o pré-natal depois do primeiro trimestre de gestação, e que as mesmas não procuravam a UBS e sim a Unidade de Referencia. Apenas 01 das gestantes estava com esquema vacinal incompleto. No que diz respeito às preocupações/expectativas da gestação, as primigestas relatavam estar inseguras quanto ao parto, amamentação, cuidados com o recém-nascido, alimentação, angústia quanto às alterações físicas e mudanças advindas pela gestação e com o nascimento da criança. As multíparas,no entanto, relatavam os mesmos sentimentos das primíparas, e afirmavam que cada gestação é diferente, ainda mostravam-se preocupadas com os filhos mais velhos e o trabalho. Durante as consultas, muitas gestantes demonstraram possuir uma relação de apoio e confiança com as Acadêmicas de Enfermagem.

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

O estágio supervisionado nos possibilitou uma abordagem qualitativa do desempenho profissional do enfermeiro na assistência ao pré-natal,analisando essa assistência percebemos que há necessidade de melhoria na qualidade da assistência prestada, desde a dificuldade da estrutura física da unidade, falta de alcance de metas e da produção de serviços, falta de motivação por parte da Equipe.

Quanto ao atendimento nos realizamos, pois poder prestar a assistência adequada com toda a atenção e cuidado aos pacientes nos proporcionou o conhecimento e a realidade do que é ser enfermeira de uma unidade básica de saúde.

Palavras-chave


enfermagem, pré-natal, atenção básica

Referências


BRASIL, M. S. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Atenção ao pré-natal de baixo risco. Normas e Manuais Técnicos. Brasília: Ministério da Saúde, 2012.

LIMA, Y.M.S. MOURA, M.A.V. A percepção das enfermeiras sobre competência social. Esc Anna Nery Ver Enferm, 2008 dez; 12 (4): 672-78.

OLIVEIRA, S.F. ALBURQUEQUE, F.J.B. de “Programa de saúde da família: uma análise a partir das crenças dos seus prestadores de serviço”. Psicologia & Sociedade; 20(2): 237-246,2008.