Tamanho da fonte: 

No Brasil, o câncer de mama é a principal causa de morte entre as mulheres. Em 2012, a estimativa da doença foi de 52.680 novos casos diagnosticados. É um problema de saúde pública, não só em países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil, mas também em países desenvolvidos, como Estados Unidos e países da Europa Ocidental. Isto se deve à dificuldade em realizar a prevenção primária. Este estudo teve como objetivo caracterizar o perfil de mulheres com alteração mamária. Trata-se de um estudo descritivo de caráter quantitativo, desenvolvido em um município do norte do Paraná, envolvendo 107 mulheres usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS), cadastradas no Sistema de Informação sobre Câncer de Mama (SISMAMA) que apresentaram alterações mamárias e realizaram mamografia no período de 2009 a 2012. Foi realizado visita domiciliar para aplicação do questionário. A maioria das mulheres tiveram alteração mamária entre 41 à 50 anos (34,0%), em seguida a faixa etária foi de ≥ 51 anos (33,0), era de cor branca (72,0), com companheiro (69,0%), com escolaridade baixa (44,0%), e renda familiar de 1 à 2 salários mínimo (59,0%). Com relação aos fatores de risco apresentaram histórico familiar de câncer de mama (50,5%), usavam anticoncepcional (50,5%), idade da menarca de 12 à 15 anos (66,3%) e não eram fumantes (56,1%). A maioria estava na menopausa (57,0%), e destas a idade da menopausa foi de 40 à 50 anos (38,3%), e não realizou a terapia de reposição hormonal (38,3%). É possível modificar o risco de desenvolvimento do câncer de mama, utilizando meios como, detecção precoce, rastreamento e classificando as mulheres como passíveis e não passíveis para o câncer de mama. A caracterização do perfil dessas mulheres torna-se um instrumento de rastreamento que auxilia na elaboração de estratégias de captação precoce, prevenindo a evolução do câncer de mama.

Palavras - chave: Câncer de mama; Saúde da mulher; Perfil de saúde.