Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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TESTAGEM RÁPIDA EM PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA
Silvana Maria de Oliveira Sousa, Nádja Maria Pereira de Deus Silva, Malena Gadelha Cavalcante, Diego da Silva Medeiros, Fabiana Sales Vitoriano Uchoa, Janete Romão dos Santos, Marcos Cavalcante Paiva, Mirleide de Brito Figueiredo

Resumo


A infecção pelo HIV e pela sífilis continua sendo de grande relevância para a saúde pública no Brasil. Estudos realizados mostram que a prevalência da infecção pelo HIV na população em geral entre 15 a 49 anos permanece estável com 0,6%. Com relação aos grupos em situação de maior vulnerabilidade as taxas podem se elevar de 4,9% a 10,5% entre os usuários de drogas, HSH e profissionais do sexo. Um dos instrumentos para promover os princípios do SUS focando na universalidade do acesso é envolver de modo equânime os seguimentos de gestão multissetoriais, equipes multiprofissionais, organização da sociedade civil (OSC) e usuários. OBJETIVO: Descrever o resultado de uma ação executada em outubro de 2013 entre profissionais de saúde, gestão e OSC na realização de testes rápidos para Sífilis e HIV em grupo de vulnerabilidade. METODOLOGIA: Estudo do tipo descritivo, efetuado em outubro de 2013 com a população em situação de rua do centro da cidade de Fortaleza oriunda após uma mobilização do GRAB (Grupo Asa Branca-ONG) para a realização do teste rápido na UAPS Paulo Marcelo Regional II, Fortaleza – Ceará. Tendo a participação dos profissionais de saúde do SAE Anastácio Magalhães, CTA/SAE Carlos Ribeiro e Área Técnica de DST/Aids-SMS. Foram realizados testes rápidos da população alvo, acompanhados de pré e pós-aconselhamento com o preenchimento do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os dados foram tabulados em programa Excel. Foram respeitados todos os preceitos éticos da Resolução 196/96. RESULTADOS: Os usuários foram acolhidos pelos profissionais de saúde e integrantes do GRAB conduzindo-os para o pré- aconselhamento e testagem. Os resultados foram entregues no pós- aconselhamento individualmente. Os que obtiveram resultado reagente foram encaminhados para os serviços especializados. Foram realizados 56 testes dos quais 04 (7,14%) foram reagentes para HIV com 100% no gênero masculino e 15 (26,78%) foram reagente para Sífilis com 73,33% nos homens.  Do total, 42 (75%) eram homens e 14 (35%) eram mulheres. A faixa etária predominante na testagem foi de 21 a 40 anos com 53,56%. CONCLUSÃO: No comparativo das prevalências nos grupos de vulnerabilidade os resultados confirmaram a concentração desta epidemia. Como potencializador da equidade esse tipo de ação deve ser expandida e fomentada em rede para realização de acompanhamentos e tratamentos eficazes facilitando o acesso, reduzindo o número de abandonos e proporcionando qualidade de vida.

Palavras-chave


testagem; HIV; Sífilis