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TESTAGEM RÁPIDA EM PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA
Resumo
A infecção pelo HIV e pela sífilis continua sendo de grande relevância para a saúde pública no Brasil. Estudos realizados mostram que a prevalência da infecção pelo HIV na população em geral entre 15 a 49 anos permanece estável com 0,6%. Com relação aos grupos em situação de maior vulnerabilidade as taxas podem se elevar de 4,9% a 10,5% entre os usuários de drogas, HSH e profissionais do sexo. Um dos instrumentos para promover os princípios do SUS focando na universalidade do acesso é envolver de modo equânime os seguimentos de gestão multissetoriais, equipes multiprofissionais, organização da sociedade civil (OSC) e usuários. OBJETIVO: Descrever o resultado de uma ação executada em outubro de 2013 entre profissionais de saúde, gestão e OSC na realização de testes rápidos para Sífilis e HIV em grupo de vulnerabilidade. METODOLOGIA: Estudo do tipo descritivo, efetuado em outubro de 2013 com a população em situação de rua do centro da cidade de Fortaleza oriunda após uma mobilização do GRAB (Grupo Asa Branca-ONG) para a realização do teste rápido na UAPS Paulo Marcelo Regional II, Fortaleza – Ceará. Tendo a participação dos profissionais de saúde do SAE Anastácio Magalhães, CTA/SAE Carlos Ribeiro e Área Técnica de DST/Aids-SMS. Foram realizados testes rápidos da população alvo, acompanhados de pré e pós-aconselhamento com o preenchimento do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os dados foram tabulados em programa Excel. Foram respeitados todos os preceitos éticos da Resolução 196/96. RESULTADOS: Os usuários foram acolhidos pelos profissionais de saúde e integrantes do GRAB conduzindo-os para o pré- aconselhamento e testagem. Os resultados foram entregues no pós- aconselhamento individualmente. Os que obtiveram resultado reagente foram encaminhados para os serviços especializados. Foram realizados 56 testes dos quais 04 (7,14%) foram reagentes para HIV com 100% no gênero masculino e 15 (26,78%) foram reagente para Sífilis com 73,33% nos homens. Do total, 42 (75%) eram homens e 14 (35%) eram mulheres. A faixa etária predominante na testagem foi de 21 a 40 anos com 53,56%. CONCLUSÃO: No comparativo das prevalências nos grupos de vulnerabilidade os resultados confirmaram a concentração desta epidemia. Como potencializador da equidade esse tipo de ação deve ser expandida e fomentada em rede para realização de acompanhamentos e tratamentos eficazes facilitando o acesso, reduzindo o número de abandonos e proporcionando qualidade de vida.
Palavras-chave
testagem; HIV; Sífilis