Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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CRIAÇÃO DE FANTOCHES COMO PRODUTORA DE PARTICIPAÇÃO SOCIAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Layane Oliveira de Oliveira Silva, Tatiane Silva Matos, Carlos Eduardo Emeraldo Filho

Resumo


O Projeto de extensão em saúde coletiva “Bons vizinhos” atua na comunidade do Gengibre, na Praia do Futuro, em Fortaleza. O público infantil é o que tem maior participação nas atividades de extensão, portanto, a maioria das atividades é voltada para esse público, mas não excluindo o restante, já que temos vieses de atividades, como saúde da mulher, saúde do homem e saúde ambiental. O problema inicial foi a falta de participação das crianças como sujeitos ativos na produção de cidadania e de sentidos acerca de variados temas. Dessa forma, a proposta foi elaborar temáticas junto às crianças através de discussões que pudessem gerar uma peça teatral ao final. As atuações da psicologia no referido programa de extensão assumem a postura de psicologia comunitária atuante em saúde coletiva. Portanto, entre os princípios então a proatividade. Como efeitos gerados até aqui podemos citar a participação imediata das crianças dentro a atividade, como o fato delas ajudarem às crianças que não conseguiam fazer nenhuma atividade e os relatos delas acerca da produção do lixo na comunidade e a postura que elas tomariam a partir de então. Essa experiência mostra as possibilidades pensadas de participação sendo concretizadas. A dinâmica das oficinas ocorre fazendo do lúdico um atrativo para a participação das crianças, como a própria produção de fantoches, além do uso de tintas faciais, onde todos ajudariam a pintar os outros, sendo essa uma etapa de integração. É importante destacar que as relações de afetividade dentro da counidade do Gengibre são permeadas por violência e isso é trazido nas relações entre as próprias crianças, com episódios de agressão verbal e física e produzir interação nesse contexto é uma forma de produzir consciência acerca dessas relações, podendo essa ser também uma temática a ser discutida nos próprios encontros. A intervenção com fantoches teve duas etapas até então. A primeira foi a divulgação dentro do Gengibre, com um projeto ainda imaturo, mas que gerou interesse nas crianças, fazendo com que elas nos procurasse para ter mais informações sobre datas. A outra etapa foi a primeira intervenção geradora de interesse, que nos permitiu observar as possibilidades reais de atuação mais de perto, sob as lentes da psicologia comunitária e promotora de participação. Por fim, a atuação em psicologia comunitária e saúde coletiva têm seus percalços diante da realidade com a qual nos deparamos e em constante mudança. Nossa participação deve ser junto aos moradores, dentro da realidade deles, na busca por participação.

Palavras-chave


fantoches, participação social, psicologia comunitária