Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


Tamanho da fonte: 
A EDUCAÇÃO EM SAÚDE NO CONTROLE DA HIPERTENSÃO ARTERIAL: UM RELATO DE EXPERIENCIA
Cristiana da Silva Nogueira, Ramirene Ferreira Lima, Natalia de Lima Vesco, Carla Daniele Mota Rego Viana

Resumo


Introdução: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma doença nem sempre detectada pelos portadores, podendo comprometer seriamente a sua qualidade de vida. Para definirmos o que é a hipertensão arterial, primeiro é necessário saber o que é a pressão arterial. A pressão arterial é a força que o fluxo sanguíneo exerce nas artérias. Vários são os fatores que podem estar associados à elevação da pressão arterial como o sedentarismo, o estresse, o tabagismo, o envelhecimento, a história familiar, a raça, o gênero, o peso e os fatores dietéticos. Assim, se faz necessário o acompanhamento da enfermagem nas orientações, nas trocas de experiências e educação em saúde para uma melhoria, não apenas nos níveis pressóricos, mas também, na qualidade de vida dos clientes hipertensos. Objetivo: Relatar a nossa vivência, como profissional enfermeiro, na busca por um tratamento alternativo para o autocuidado no controle da hipertensão arterial.  Descrição da experiencia: As atividades educativas promovidas pela equipe de saúde são direcionadas para o grupo de hipertensos cadastrados na Unidade de Saúde. Reconhecendo que o trabalho de grupo pode ser uma estratégia que leva à promoção da saúde, alguns autores ressaltam que o trabalho do enfermeiro, desenvolvido com grupos, vem se constituindo em uma prática cada dia mais valorizada. São realizadas caminhadas, alongamentos, recreações, atividades comemorativas, terapias comunitárias, promoção da saúde física e sociabilização fazendo com que os pacientes tenham grande adesão ao uso das medicações e voltem à unidade básica. Resultados alcançados e recomendações: Os resultados alcançados no grupo demonstram que a atuação do enfermeiro em Centros de Saúde com clientes de uma classe social menos favorecida e em contato com outros profissionais de saúde comprometidos com esse programa, tem se mostrado uma excelente oportunidade para o controle e mudança de hábitos na vida dos pacientes hipertensos. Buscando tomadas de decisões mais sensíveis às diferentes demandas desse tipo de clientela. A partir dos resultados, podemos perceber que a Unidade de Saúde, indubitavelmente, oferece benefícios inestimáveis no que se refere à melhoria da qualidade de vida da comunidade. Entretanto, entendemos ser necessária a descoberta por parte dos pacientes do seu próprio potencial para a construção de uma vida melhor e mais digna.

Palavras-chave


HIPERTENSÃO, EDUCAÇÃO EM SAÚDE, ENFERMAGEM

Referências


Brasil. Ministério da Previdência e Assistência Social. problemas e cuidados básicos. Brasília; 2002.

Silva DGV, Francioni, FF, Natividade SL, Azevedo M, Andoval RCB, Di'Lourenzo VM. Grupos como possibilidade de desenvolver educação em saúde. Texto Contexto Enferm. 2003; 12(1):97-103

Rossi FR, Silva MAD. Fundamentos para processos gerenciais na prática do cuidado. Rev Esc Enferm USP. 2005;39(4):460-8.

Veras R. Terceira idade: alternativas para uma sociedade em transição. Rio de Janeiro: Relume-Dumará; 1999.

Pichon-Reviere E. O processo grupal. 6ª; ed. São Paulo: Martins Fontes; 2000.

Jacob Filho W. Promoção da saúde do idoso. São Paulo: Lemos; 1998.

Santos SSC. Enfermagem gerontogeriátrica: da reflexão à ação cuidativa. 2ª; ed. São Paulo: Robe; 2001.

Geis PP. Tercera edad, actividad física y salud: teoría e práctica. Lisboa: Paidotribo; 2001

Geis PP, Rubi MC. Movimiento creativo com personas mayores: recursos prácticos para montar tus sesiones. Lisboa: Paidotribo; 2001.

Barreto A. Terapia comunitária passo a passo. Fortaleza: Departamento de Saúde Comunitária, Faculdade de Medicina/UFC; 2003.

Papaléo Neto M, Ponte JR. Envelhecimento: desafio na transição do século. 2ª; ed. São Paulo: Atheneu; 1996.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria Nacionalde Programas Especiais de Saúde. Divisão Regional de Doenças Crônico-Degenerativas. Programa Nacional de Educação e Controle da Hipertensão Arterial. Brasília , 1988. 48 p.

 

KOCHAR, M. S.; WOODS, K. D. Controle da hipertensão: para enfermeiras e demais profissionais de saúde. 2. ed. São Paulo: Andrei, 1990. 317 p.

 

MARANHÃO, M. F. de C.; RAMIRES, J. A. F. Aspectos atuais do tratamento da hipertensão arterial. Arq. Bras. Cardiol., v. 51, p. 99-105, 1988.

AMBROSIO, G.B. et al. Effects of interventions on community awareness and treatment of hypertension: results of a WHO study. Bulletin of the World Health Oraganization, Genebra, v.66, n.1, p.107-113, 1988.

GREENHALGH, T.; COLLARD, A.; BEGUM, N. Sharing stories: complex intervention for diabetes education in minority ethnic who do not spek English. BMJ , London, v.330, n.7492, p.628, 2005.

MAIA, F.F.R., ARAÚJO, L.R. Projeto 'Diabetes Weekend': Proposta de Educação em Diabetes Mellitus tipo I. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia, v.46, n.5, p.566- 573, 2002.

MION JR, D. et al. Hipertensão Arterial: abordagem geral. Projeto Diretrizes AMB/CFM 2002a. Disponível em: http://www.amb.org.br/. Acesso em: 11 jun. 2006.

MUNRO, N.; FELTON, A.; MCINTOSH, C. Is multidisciplinary learning effective among those caring for people with diabetes? Diabetic Medicine, Sussex, v.19, n.10, p.799-803, 2002.

NEAL, B. et al. Effects of ACE inhibitors, calcium antagonists, and others blood-pressure lowering drugs: results of propectively designed overviews of randomised trials. Blood-Pressure Lowering Treatment Trialists Colaboration. Lancet, London, v.356, n.9246, p.1955-64, 2000.

SANTOS, M.G.N.; BARACHO, M.F.P. Educação em diabetes: uma experiência no Hospital do CRUTAC, UFRN, Sto. Antônio, RN. Revista Brasileira de Análises Clínicas, Rio de Janeiro, v.27, n.2, p.57-60, 1995.

MION JÚNIOR, D. Hipertensão: aspectos práticos. São Paulo: Sociedade Brasileira de Cardiologia, Departamento de Hipertensão Arterial, 1988.16p.