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VIOLÊNCIA CONJUGAL NA GESTAÇÃO: REVISÃO INTEGRATIVA DIRECIONANDO POLÍTICAS NO SUS
Resumo
Introdução: A violência conjugal, que se dá inclusive no período gestacional, consiste em um agravo à saúde das mulheres, com implicações também para o feto, o setor saúde e sobre a produtividade econômica. Tais repercussões revelam que urge ações de enfrentamento da problemática e os serviços de saúde constituem cenários centrais. Objetivo: Caracterizar as produções científicas sobre violência conjugal na gestação. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa, com abordagem quantitativa, realizada a partir de artigos indexados nas bases de dados LILACS e BDENF, publicados em português ou espanhol, nos anos de 2006, ano de criação da Lei Maria da Penha, a 2012. A coleta se deu a partir da associação dos descritores “Violência contra a Mulher” com “Gravidez” e “Violência contra a Mulher” e “Gestação”. Resultados: Dos 19estudos que abordam sobre violência conjugal na gestação, 17 trazem a ótica de mulheres (7 grávidas, 2 mulheres internadas por abortamento, 2 puérperas, 2 vítimas de violência e outras 4) e 2 tiveram como colaboradores os profissionais de saúde. O número de artigos com abordagem qualitativa e quantitativa mostrou-se análoga (10 e 9) respectivamente, com maior parte das publicações em revistas qualis B1 (8) e A2 (7) e na região sudeste e sul do Brasil (11; 2) respectivamente. O número de produções científicas por ano foi de: 1/2006, 3/2007, 4/2008, 4/2009, 4/2010, 2/2011 e 1/2012. O estudo sinaliza para a necessidade de mais pesquisas sobre a temática, sobretudo nas regiões norte, nordeste e centro-oeste, responsáveis pelos mais altos índices de morbi-mortalidade materna e neonatal. Considerações: Necessário ainda mais estudos que foquem a visão e a prática dos profissionais de saúde acerca do cuidado à mulher em situação de violência conjugal, sobretudo àqueles que atuam nos espaços de pré-natal e maternidades. Nessa fase da vida, as mulheres encontram-se mais vulneráveis a sofrem violência, e o profissional precisa reconhecer tal agravo no atendimento à mulher e fazer os encaminhamentos necessários. Daí a importância de se repensar a educação dos profissionais para atender as demandas do Sistema Único de Saúde.
Palavras-chave
violência contra a mulher; Gestação; Políticas Públicas
Referências
Brasil. Ministério da saúde. Disponivel em: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/idb2011/c0101b.htm.
MORAES, C. L.; ARANA, F. D. N.; REICHENHEIM, M. E. Violência física entre parceiros íntimos na gestação como fator de risco para a má qualidade do pré-natal. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v.44, n.4, p. 667-676, 2010.