O Sistema Único de Saúde-SUS tem como um de seus objetivos a assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, guiadas pelos princípios da integralidade, da universalidade e da equidade, e implementadas pelos princípios estratégicos da descentralização, regionalização, hierarquização e a participação social. As residências multiprofissionais e em área profissional da saúde foram criadas em 2005 e são orientadas pelos princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), destinada a profissões da área da saúde e consistem em uma modalidade de formação por meio do ensino em serviço, ou seja, a educação permanente que tem como princípio básico a formação em serviço voltada para a formação e o desenvolvimento de trabalhadores do SUS, e busca transformações de práticas, sejam elas técnicas e/ou sociais. A nossa inserção - profissionais de saúde residentes - nos respectivos cenários de práticas, exige que nos apropriemos desse cenário, conhecendo seus determinantes sociais de saúde, a sua história, seus limites e potencialidades para, a partir daí, termos os elementos necessários para construir nosso processo de trabalho. A transformação das práticas exige de nós essa educação permanente e essa apropriação, para podermos gerir nosso próprio processo de trabalho e embasar nossas ações a partir da reflexão e da produção de novos discursos com o objetivo de ruptura com os modelos tradicionais, fechados e segmentados de atenção à saúde, para construção de ações pautadas no cuidado integral e norteadas pelo conhecimento das condições de vida da população, inserindo essa população na construção dessas ações para que a participação social seja efetivada. Acredito que o papel dos atores que constroem as residências dia-a-dia seja a efetivação dessas novas práticas através da troca de saberes, construção de vínculos e parcerias com os profissionais dos serviços que atuamos pelo período da residência, com o objetivo de fortalecer a atuação dos profissionais da rede de saúde, compreendendo a importância da colaboração interprofissional para o desenvolvimento de um bom trabalho em equipe, reconhecendo seu papel como fundamental para o funcionamento da rede de saúde e possibilitar a construção de estratégias para transformar e melhorar os serviços de saúde.