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A NECESSIDADE DE IMPLEMENTAÇÃO DOS QUATRO NÍVEIS DE PREVENÇÃO À SAÚDE A PESSOAS EM CONTEXTOS DE CUIDADOS PALIATIVOS EM INTERNAÇÃO ONCOLÓGICA DOMICILIAR
Resumo
Introdução: Os processos de transição demográfica e epidemiológica no Brasil têm a importância de neoplasias como problema de saúde pública, por diversas razões, sejam elas biológicas, ambientais, sociais ou econômicas. No Brasil, para 2012, foram estimados 518.510 casos de câncer, 17% na região nordeste. Considerando-se que estas condições possuem natureza crônica, aspectos como longitudinalidade do cuidado e integralidade demandam melhor organização por parte da rede de serviços do Sistema Único de Saúde (SUS). Objetivos: descrever a importância de intervenções de prevenção primária, secundária, terciária e quaternária de saúde pelo enfermeiro e equipe multiprofissional na condução de complicações físicas e psicológicas. Método: relato de experiência realizado por acadêmicos de enfermagem e de psicologia da Universidade Federal do Ceará sobre suas impressões em relação às ações de prevenção à saúde de uma equipe de “home care” a pacientes oncológicos submetidos a cuidados paliativos no SUS. Resultados: As ações de prevenção primária se inserem na perspectiva de avaliar continuamente o ambiente comunitário e familiar e seus riscos potenciais. Para o cuidador, insere-se a qualificação de sua prática, a prevenção de síndromes de desgaste físico e emocional, além do gerenciamento de riscos biológicos eventuais pela adoção de medidas de proteção individual. As ações de prevenção secundária são as mais evidentes, pois a pessoa já está acometida por uma condição crônica que pode ampliar a carga da doença por novas situações clínicas advindas da própria doença e de seu tratamento. Entra nessa perspectiva a limitação dos danos físicos e psicológicos pelo processo terapêutico. Para os cuidadores em geral (incluindo a equipe de saúde), o diagnóstico precoce insere-se em aspectos de natureza ocupacional, relacionados à sua prática diária. Na prevenção terciária aparece a reabilitação do paciente em um sentido mais amplo, com o uso de medicamentos ou com a garantia da participação social-familiar que, comumente, aumenta o poder de resiliência do indivíduo. Conclusão: as reflexões trazidas a partir desta narrativa reforçam a relevância da atenção integral às pessoas que apresentam condições oncológicas crônicas que demandam atenção domiciliária e vários aspectos abordados para essas pessoas, seus familiares ou amigos e também para o profissional de saúde.
Palavras-chave
Oncologia, Cuidados Paliativos
Referências
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