Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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VER-SUS/BRASIL/FORTALEZA - VISITA A UMA COMUNIDADE INDÍGENA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Luana Géssica Freire Martins, Samara Pereira de Souza, Sandra Ferreira Cordeiro, Gisene Caroline Ponte de Macedo, Cecília Carla Barroso Carlazans, Huana Caroline Cândido Morais

Resumo


Experiência de uma participante do VER-SUS, durante visita à aldeia dos Pitaguary em Maracanaú/CE. O projeto permite que universitários da área da saúde realizem estágios de vivência, para conhecer diferentes realidades do SUS em período de imersão exclusiva. A vivência da versão inverno ocorreu em Fortaleza. Foram realizadas visitas nas áreas de saúde no campo, saúde indígena, atenção primária, secundária e terciária, movimentos sociais e locais que realizam práticas alternativas e integrativas de saúde. Dentre as visitas destacou-se a que ocorreu na comunidade indígena, abordada nesse relato de experiência. Objetivou-se relatar a vivência de uma universitária participante do VER-SUS em uma aldeia indígena identificando os sistemas de apoio à saúde oferecidos e refletindo sobre o conceito de saúde, a cultural indígena e a ação do SUS. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: As instituições que apoiam a saúde identificadas foram o Polo Base de Saúde Indígena e o Centro de Referência da Assistência Social (CRAS). O Polo Base dispõe de agentes comunitários de saúde, enfermeira, dentista, médico, técnica de saúde bucal e de saneamento. Sua estrutura física é adequada. O ambiente é agradável e acolhedor. Oferece serviços diferenciados, como coleta de exames laboratorias e funciona em dias úteis. Existe uma grande interação entre os profissionais e os indígenas, demonstraram bom convívio e que a comunidade necessita de atendimentos especiais para responder a suas demandas particulares. O atendimento e trabalho em equipe é organizado e planejado, o paciente pode ser atendido em qualquer horário. O CRAS é formado por profissionais do serviço social, terapia ocupacional e fisioterapia. Existem grupos de apoio a adolescentes, idosos e grupos de prevenção ao uso de drogas. Quanto à cultura do povo indígena, observaram-se algumas dificuldades em preservá-la em meio ao avanço do mundo contemporâneo. Em relação à espiritualidade, pela disseminação do protestantismo entre os integrantes da comunidade, diminuiu o culto aos antigos deuses, especialmente nas novas gerações.EFEITOS ALCANÇADOS: Identificou-se uma nova perspectiva sobre o conceito de saúde, que na graduação fica limitada às ações realizadas para cuidar de doenças, além de trabalhar em equipe multiprofissional. Percebeu-se que os movimentos sociais, de organização laboral ou de valorização cultural também representam saúde.Percebemos que o SUS consegue cumprir seu papel de apoio à comunidade indígena em suas necessidades de saúde, pois fornece os recursos e profissionais, sem impor uma modificação nos hábitos culturais desses indivíduos. A comunidade demonstrou conhecimento sobre seus direitos dentro da política do índio e adequada coesão social. RECOMENDAÇÕES:A viagem foi cansativa, mas importante para conhecer uma cultura, que apesar de fragilizada, permanece no olhar de cada um, suscitando na aluna o desejo de trabalhar posteriormente com comunidades semelhantes.

Palavras-chave


(população indígena; sistema único de saúde; participação social)

Referências


FERLA, A. A.; RAMOS, A. S.; LEAL, M. B.; CARVALHO, M. S. Caderno de texto do VER-SUS/Brasil. Porto Alegre: rede unida, 2013.