Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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ANÁLISE DA NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA DE SÍFILIS NO DISTRITO SANITÁRIO DO SUBÚRBIO FERROVIÁRIO, SALVADOR, BAHIA 2012
Melissa Almeida Silva, Josinete Gonçalves dos Santos, Maiara Cavalcante de Souza Costa, Victor Soares Menezes, Jonaildes Zacarias Santos, Dulceli Botelho Andrade, Valda Pinho

Resumo


Introdução: A Sífilis é uma doença sexualmente transmissível e que afeta geralmente as pessoas mais vulneráveis sob os aspectos econômicos, sociais e de baixa escolaridade. É de notificação compulsória e envolve custos para o serviço de saúde, desde a investigação ao tratamento em torno de R$ 7.000,00/caso, para o serviço de saúde. A maioria dos casos em 2012 ocorreram na região nordeste (31%) e sudeste (45,9%). Objetivo: Analisar as notificações de sífilis em gestantes e recém-nascidos residentes no Distrito Sanitário do Subúrbio Ferroviário em Salvador, Bahia no ano de 2012. Metodologia: Trata-se de um resumo acadêmico de abordagem quantitativa descritiva e documental, realizado durante as práticas do Componente Curricular Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde da Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia no Distrito Sanitário do Subúrbio Ferroviário em Salvador, Bahia. A fonte de dados são as fichas de notificação compulsória da sífilis, disponíveis na coordenação da vigilância epidemiológica do referente Distrito Sanitário referentes ao ano de 2012. Resultados preliminares: A análise preliminar aponta para um grave problema: a supressão de informações necessárias para o seguimento dos casos. Foram analisadas 23 fichas, sendo 11 de gestantes e 12 correspondentes aos recém-nascidos. A maioria das mulheres encontrava-se na faixa etária de 20 a 43 anos e são residentes do bairro de Periperi. O pré-natal, em sua maioria, foi realizado em Unidade Básica de Saúde. Nesses formulários foram identificados falhas com relação ao preenchimento, sendo que 6 não apresentavam a escolaridade da gestante e 3 referiam escolaridade ignorada; no critério raça/cor, 13 fichas estavam em branco; referente ao acompanhamento pré-natal, 14 fichas estavam sem preenchimento. Quanto à realização do teste rápido para sífilis, 6 fichas estavam em branco, 1 não foi realizado, 1 como ignorado e 1 sem resultado. Das 23 pessoas, apenas 14 tinham registro do tratamento. Conclusão: Há ainda um grande problema no que se refere à Vigilância Epidemiológica da sífilis no local estudado que é a escassez das informações da ficha de notificação compulsória. Percebe-se há necessidade de sensibilização/supervisão dos profissionais de hospitais e rede básica quanto ao correto e completo preenchimento da ficha de notificação compulsória da sífilis, já que as mesmas irão direcionar o acompanhamento até a conclusão do caso e apoiar na elaboração de políticas públicas para a redução dos índices desse agravo ainda tão prevalente.

Palavras-chave


Vigilância Epidemiológica;Sífilis;sistemas de informação

Referências


Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Guia de vigilância epidemiológica / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. – 7. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2009.

 

BRASIL. Ministério da Saúde - Secretaria de Vigilância em Saúde - Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Boletim Epidemiológico de Sífilis 2012. Ano I - nº 1, 2012.

 

Guinsburg, R.; Santos, A. M. N. Critérios diagnósticos e tratamento da sífilis congênita. Documento Científico – Departamento de Neonatologia - Sociedade Brasileira de Pediatria. São Paulo, 2010.