Tamanho da fonte:
ANÁLISE DA NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA DE SÍFILIS NO DISTRITO SANITÁRIO DO SUBÚRBIO FERROVIÁRIO, SALVADOR, BAHIA 2012
Resumo
Introdução: A Sífilis é uma doença sexualmente transmissível e que afeta geralmente as pessoas mais vulneráveis sob os aspectos econômicos, sociais e de baixa escolaridade. É de notificação compulsória e envolve custos para o serviço de saúde, desde a investigação ao tratamento em torno de R$ 7.000,00/caso, para o serviço de saúde. A maioria dos casos em 2012 ocorreram na região nordeste (31%) e sudeste (45,9%). Objetivo: Analisar as notificações de sífilis em gestantes e recém-nascidos residentes no Distrito Sanitário do Subúrbio Ferroviário em Salvador, Bahia no ano de 2012. Metodologia: Trata-se de um resumo acadêmico de abordagem quantitativa descritiva e documental, realizado durante as práticas do Componente Curricular Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde da Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia no Distrito Sanitário do Subúrbio Ferroviário em Salvador, Bahia. A fonte de dados são as fichas de notificação compulsória da sífilis, disponíveis na coordenação da vigilância epidemiológica do referente Distrito Sanitário referentes ao ano de 2012. Resultados preliminares: A análise preliminar aponta para um grave problema: a supressão de informações necessárias para o seguimento dos casos. Foram analisadas 23 fichas, sendo 11 de gestantes e 12 correspondentes aos recém-nascidos. A maioria das mulheres encontrava-se na faixa etária de 20 a 43 anos e são residentes do bairro de Periperi. O pré-natal, em sua maioria, foi realizado em Unidade Básica de Saúde. Nesses formulários foram identificados falhas com relação ao preenchimento, sendo que 6 não apresentavam a escolaridade da gestante e 3 referiam escolaridade ignorada; no critério raça/cor, 13 fichas estavam em branco; referente ao acompanhamento pré-natal, 14 fichas estavam sem preenchimento. Quanto à realização do teste rápido para sífilis, 6 fichas estavam em branco, 1 não foi realizado, 1 como ignorado e 1 sem resultado. Das 23 pessoas, apenas 14 tinham registro do tratamento. Conclusão: Há ainda um grande problema no que se refere à Vigilância Epidemiológica da sífilis no local estudado que é a escassez das informações da ficha de notificação compulsória. Percebe-se há necessidade de sensibilização/supervisão dos profissionais de hospitais e rede básica quanto ao correto e completo preenchimento da ficha de notificação compulsória da sífilis, já que as mesmas irão direcionar o acompanhamento até a conclusão do caso e apoiar na elaboração de políticas públicas para a redução dos índices desse agravo ainda tão prevalente.
Palavras-chave
Vigilância Epidemiológica;Sífilis;sistemas de informação
Referências
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Guia de vigilância epidemiológica / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. – 7. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2009.
BRASIL. Ministério da Saúde - Secretaria de Vigilância em Saúde - Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Boletim Epidemiológico de Sífilis 2012. Ano I - nº 1, 2012.
Guinsburg, R.; Santos, A. M. N. Critérios diagnósticos e tratamento da sífilis congênita. Documento Científico – Departamento de Neonatologia - Sociedade Brasileira de Pediatria. São Paulo, 2010.