Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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USO DE HIPOTERMIA TERAPÊUTICA NA FASE AGUDA DO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL ISQUÊMICO
Jessica Larissa Cesar Rebouças, Cíntia Dias Gomes, Ráissa Soraya Souza de Oliveira, Moara Souza Coelho, Elieusa e Silva Sampaio, Fernanda Oliveira Trindade

Resumo


A hipertermia dentro das primeiras 12 a 24 horas é um resultado comum após o acidente vascular cerebral (AVC) e está associado a um mau prognóstico, sendo assim a hipotermia terapêutica vem sendo utilizada como neuroprotetor em casos de isquemia cerebral. Este procedimento é responsável pela redução do metabolismo cerebral, influenciando significativamente na morbimortalidade dos pacientes com AVC. Apesar de sua eficácia cientificamente comprovada, este é um procedimento de risco que requer esforço e capacitação da equipe de saúde. Objetivo: Conhecer o uso da hipotermia terapêutica na fase aguda do acidente vascular cerebral isquêmico. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada em setembro do ano corrente, na base de dados do PUBMED, onde foi realizado o cruzamento dos seguintes descritores: therapeutic hypothermia AND stroke, sendo encontrados 1168 publicações. Após a aplicação dos critérios de inclusão, foram selecionados 11 artigos para a análise. Resultados: Os estudos apontam a hipotermia terapêutica em casos de AVC isquêmico agudo como um tratamento promissor, porém não foram capazes de avaliar sua segurança. Os estudos demonstram que a hipotermia terapêutica reduz o edema cerebral e pressão intracraniana após o AVC, contudo, os estudos apontam que o risco de complicações aumenta quando o procedimento excede o tempo de 24 horas. A temperatura corporal é dirigida a, aproximadamente, 33ºC e os métodos de resfriamento mais utilizados são da superfície corporal e por meio de infusões intravenosas. As complicações relacionadas à hipotermia endovenosa mais relatadas foram arritmias cardíacas, hipotensão, pneumonia e trombose venosa profunda. O resfriamento superficial pode levar ainda a irritação cutânea, queimaduras e supressão respiratória. Conclusão: Este é um procedimento com alta criticidade e ainda com poucos estudos que apontem evidências científicas consistentes quando relacionados ao AVC. Desta forma, sua escolha e utilização requer profissionais capacitados, em especial a equipe de enfermagem, que deve estar qualificada para rigoroso monitoramento hemodinâmico antes, durante e após o procedimento de resfriamento em decorrência dos riscos de complicações e repercussões sistêmicas.

Palavras-chave


Hipotermia; Acidente Vascular Cerebral; Enfermagem