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O trabalho em questão foi desenvolvido através das experiências adquiridas no setor ambulatorial de cirurgia bariátrica do Hospital Federal dos Servidores do Estado – localizado no estado do Rio de Janeiro, local em que realizo o meu estágio curricular obrigatório de Serviço Social -, e tem como objetivo principal chamar a atenção para a ausência de políticas públicas de saúde e a precariedade do SUS no que diz respeito ao tratamento de pessoas obesas, mas precisamente relacionadas àquelas que se submeteram ao procedimento de cirurgia bariátrica. A obesidade já é considerada a doença do século XX e, portanto, pode-se afirmar que a devida doença é um grande problema de saúde pública que vem aumentando de forma acentuada a cada ano, principalmente nos países em desenvolvimento². Todavia, tal doença não deve ser compreendida de forma individual, mas, sim, num sentido mais amplo; é preciso entender que vários fatores estão relacionados à obesidade, tanto os da esfera biológica, psicológica e de hábitos alimentares como também ao meio social, cultural e econômico, ressaltando que vivemos numa sociedade na qual grande parte do dia da maioria da população é de grande agitação e falta de tempo para realizar atividades físicas e até mesmo para se alimentar corretamente, pois o destino maior do dia é remetido às atividades laborativas. Contudo, diante do problema já instaurado, pude observar que a procura pela realização da cirurgia bariátrica pelo SUS tem crescido demasiadamente, sendo quase a totalidade de pessoas de baixa renda. Diante disso, os usuários do SUS que se submetem ao processo cirúrgico possuem a necessidade de fazer uso de suplementos vitamínicos por um longo tempo de sua vida, porém tais “medicamentos” não são fornecidos pelo SUS e tem um custo muito significativo para a maioria dos usuários. À vista disso, fica evidente a grande falha do sistema de saúde, pois ele não abrange a totalidade do tratamento - o que deveria ser um direito torna-se uma busca jurídica. Não podemos fechar os olhos diante de tal situação; pessoas que ficam aguardando na fila de espera pela cirurgia por anos e, quando são acionadas a fazerem, se vêem com tal limitação. Sendo assim, entende-se a relevância do tema proposto tendo em vista o aumento demasiado de pessoas obesas na busca por uma cirurgia bariátrica e, isso, como espaço para grande discussão sobre o enfrentamento da realidade presenciada que envolve a saúde pública/SUS, que deixar muito a desejar na medicina saúde preventiva e, neste caso, na curativa.