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Introdução: No Brasil, embora os profissionais de saúde ligados ao sistema carcerário considerem a Tuberculose (TB), um grande problema entre os detentos, isto ainda é uma realidade pouco conhecida entre os agentes penitenciários. A realização de ações voltadas para a educação em saúde prisional possibilita a identificação de problemáticas, dentro desta realidade bastante complexa e diversificada. Objetivo: Avaliar os dados socioeconômicos e demográficos de agentes penitenciários, bem como seu nível de conhecimento sobre a TB, histórico da doença e realização do teste tuberculínico. Metodologia: Realizou-se um estudo do tipo transversal entre os agentes penitenciários relacionados ao Presídio Regional de Santa Cruz do Sul. Dentre as variáveis analisadas, pode-se destacar sexo, carga horária de trabalho, tempo de serviço, realização de teste tuberculínico e seu resultado, conhecimentos sobre vários aspectos da doença. Foram incluídos todos os agentes penitenciários que prestavam serviços ao Presídio no momento do estudo. Como critério de exclusão utilizou-se a recusa, por parte do individuo de participar da pesquisa. Os dados foram tabulados em planilha Excel e posteriormente analisados em SPSS 17.0. Resultados: Foram entrevistados 30 agentes penitenciários, 17 (56,7%) do sexo masculino, 15 (50%) com ensino médio completo,14 (46,7%) prestam serviços em mais de um presídio e 15 (50%) seguem escala de trabalho de 24/24h. 16 (53,3%) agentes tinham tempo de serviço superior a 5 anos. Apenas 10 já haviam realizado o teste tuberculínico, destes 7 (70%) eram não reatores. Todos responderam que nunca tiveram a doença, que a doença é transmitida através de tosse e espirros de pessoas contaminadas que não estejam em tratamento e que a doença acomete principalmente os pulmões. Além disto, todos sabiam qual o principal sintoma da doença e sua forma de transmissão, porém várias outras formas foram citadas, não correspondendo a realidade da doença. Conclusão: Com base nos resultados, pode-se verificar a precariedade das informações dos agentes penitenciários a respeito da TB. Considerando o risco ao qual esta população está exposta, identifica-se a importância da implementação de estratégias de prevenção, com a realização de ações de educação em saúde, visando reduzir as taxas de transmissão da doença. Além disto, pode-se verificar precariedade na realização do teste tuberculínico entre os entrevistados, necessitando revisão dessa rotina.

Tuberculose , Saúde Prisional, Educação Permanente