Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


Tamanho da fonte: 
DESAFIOS DA INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO-COMUNIDADE: RELATOS DA CONTRUÇÃO DE UMA VIVÊNCIA
Fabiana Andressa Rodrigues Silva, Bruno Klafke Alves, Angélica Dias Pinheiro, Júlia Leffa Becker Schwanck Schwanck

Resumo


O projeto Vivências e Estágios na Realidade do Sistema Único de Saúde (VER-SUS) é uma iniciativa promovida pelo Ministério da Saúde e protagonizada por estudantes que tem por objetivo propiciar uma vivência nas redes de saúde dos municípios brasileiros. Para a sua concretização, existe a necessidade de um planejamento, formações, reuniões e as mais diversas formas de contatos que possibilitem a execução de tal. Inicialmente institucionalizada, a organização do VER-SUS Porto Alegre e Região Metropolitana passou a ser feita por um grupo de estudantes que se formou a partir da necessidade de organizar mais uma edição do projeto VER-SUS. Com todas as construções e questionamentos que perpassaram esse processo este grupo de estudantes entendeu como necessária a formação de um coletivo, espaço esse que veio para possibilitar a organização das vivencias e oportunizar o protagonismo estudantil e propor novas formas de pensar a formação em saúde, neste contexto então se forma o ELOS COLETIVO. O coletivo vem para encontrar novas possibilidades de inserção nos meios acadêmicos e de militância e também para o protagonismo estudantil juntamente com essa construção e organização de uma vivencia. Entretanto, esta tarefa de construção não é fácil, visto que para tal, precisamos aprender a trabalhar com a interdisciplinaridade, com diferentes instituições de ensino e saúde, com o financiamento, diferentes interesses, a pactuação com municípios, entre tantos desafios importantes para a formação de profissionais engajados na mudança social e na melhoria da qualidade do Sistema de Saúde local. Alguns dos desafios mais recentes são a necessidade de articulação estadual dos coletivos organizadores e da transformação destas vivências, transcendendo a formação e afetando ativamente a saúde do município vivenciado. Para tal, a inserção em Comissões de integração de Ensino e Serviço e o estímulo dado pelos estudantes para estas comissões, auxiliam nas desconstruções e reconstruções do nosso sistema de Saúde. Em meio a mais uma construção, nos encontramos, mais uma vez, presos a indefinições de financiamento, de pactuações e de mobilização, os quais geram conflitos e desgaste que podem prejudicar a execução dos próximos projetos. Porém, a nossa construção como coletivo, permite que se possa superar estes desafios e enfim, avançarmos em mais uma grande experiência de transformação social.

Palavras-chave


protagonismo-estudantil; estágios-de-vivencia; SUS