Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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EDUCAÇÃO POPULAR, UMA PRÁTICA INTERDISCIPLINAR NA FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE DA UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI
Marta Luiza Dias, Wellington Oliveira

Resumo


Introdução: Atualmente, a educação popular, sistematizada por Paulo Freire, tem-se constituído numa estratégia de construção da participação social na implementação de políticas públicas, especialmente em saúde. Segundo o Ministério da Saúde, a educação popular inserida em um plano institucional é fundamental para a ampliação da gestão participativa no Sistema Único de Saúde (SUS). Assim, são retomados conceitos originários dessa educação, tais como: desenvolvimento da autonomia, interação, coletividade, responsabilidade compartilhada, participação, conceitos fundamentais para as estratégias de consolidação e afirmação das políticas públicas em saúde. Objetivo: Debater a educação popular nos espaços de formação dos profissionais de saúde da Universidade dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), Diamantina, Minas Gerais. Metodologia: Realização de pesquisa bibliográfica, análise das Diretrizes Curriculares Nacionais dos cursos de saúde, projetos Políticos Pedagógicos dos cursos de saúde da UFVJM, diretrizes do SUS. Por meio da história oral serão ouvidos coordenadores, professores, alunos e ex-alunos desses cursos na UFVJM, como também alguns gestores, usuários do SUS, para conhecer saberes, práticas, ideais, angústias, aprendizagens, expectativas que foram constituídas ao longo de suas vivências. Resultados: Foi iniciado um grupo de estudos em pedagogia da saúde, para reflexão, percepção da necessidade de desenvolvimento de metodologias e práticas de formação de profissionais de saúde que considerem a educação popular como uma das estratégias de formação. Está em desenvolvimento um projeto de extensão em educação popular em saúde na UFVJM. Entende-se que a extensão é um espaço privilegiado para a emergência e materialização de propostas pedagógicas interdisciplinares, onde, neste caso, professores, estudantes, profissionais e população possam ocupar o espaço de protagonistas na educação em saúde e na mobilização em defesa do SUS como uma política pública equitativa e democrática que assegura os direitos e a promoção da cidadania. Conclusão: A reflexão e inserção da educação popular nos espaços de formação dos profissionais de saúde tornam-se relevantes devido a sua dimensão ética; por ser reconhecida pelo Ministério da Saúde como uma estratégia política e metodológica que facilita a integração de saberes, de práticas e o fortalecimento do caráter democrático do SUS; e ainda, por facilitar a interação entre profissionais, gestores e população.

Palavras-chave


Educação popular; SUS; Saúde