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A complexidade da AIDS, atualmente, constitui um grande desafio para os profissionais de saúde, incluindo os estudantes. Como resultado de longa duração da infecção pelo HIV, da toxidade relacionada ao tratamento, dos hábitos e estilos de vida e das características individuais, a doença toma proporções que exigem ações educativas contínuas e integradas de comprometimento da adesão e manutenção do tratamento, prevenção e controle de infecções sexualmente transmissíveis e assistência para o enfrentamento de efeitos adversos nos contextos psicossociais. As atividades de Educação em Saúde voltadas para pacientes com HIV/Aids ocorreram semanalmente no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco, totalizando 23 oficinas com duração média de duas horas, utilizando-se como metodologia o processo educativo norteado pelos constructos de Paulo Freire. As práticas educativas em saúde vêm servindo como grupo de apoio terapêutico, visto que a proposta é estabelecer de uma relação dialógico-reflexiva entre estudantes, profissionais de saúde e o pacientes com HIV/Aids, em que este busque conscientizar-se sobre sua situação de saúde-doença e o reconhecimento como sujeito ativo na promoção da sua qualidade de vida. Dentre as temáticas trabalhadas destacam-se: alimentação saudável, compreendendo o vírus do HIV, atividades de perguntas e respostas relacionadas ao HIV/AIDS, montando o vírus do HIV, entendendo as células de defesa, efeitos colaterais dos antirretrovirais e entendo as medicações anti-HIV. O projeto fortalece a relação entre a universidade e o setor de saúde promovendo a universalização de direitos fundamentais com enfoque nos pacientes que necessitam de cuidados especializados. Juntamente com outros espaços sociais, a universidade cumpre papel decisivo na formação dos estudantes, na percepção e construção da cidadania. Em consonância, o serviço de saúde, além de prestar assistência com qualidade tem a missão de desenvolver processos de ensino-aprendizagem, nas questões que tangem as ações voltadas para a melhoria da qualidade de vida. A cada oficina a equipe consegue esclarecer dúvidas através do compartilhamento e da construção de conhecimento que aconteceram de forma conjunta e não verticalizada.

Educação; Saúde; HIV