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Introdução: Este resumo é parte do trabalho de conclusão do curso de Especialização em Saúde Mental – Gestão, Atenção, Controle Social e Processos Educacionais, do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), Porto Alegre, RS. O trabalho é composto da problematização da atuação clínica da psicologia no acompanhamento de adolescentes em cumprimento da medida socioeducativa de liberdade assistida. Objetivos: Propõe analisar os possíveis contextos da atuação clínica da psicologia com adolescentes em um Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) da região sul do Brasil. Busca integrar ações do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE) e da Clínica Ampliada. Método: Para que pressupostos do SINASE e da Clínica Ampliada possam ser pensados em consonância com outras possibilidades de trabalho da psicologia, estudaram-se dois manuais de domínio público, intitulados de: Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE, 2006) e Clínica Ampliada e Compartilhada (Brasil, 2009). O artigo baseia-se no método da revisão bibliográfica e do relato de experiência. Resultados: Com a articulação de ideias do SINASE e da Clínica Ampliada, tornou-se possível discutir a possibilidade da inclusão de dispositivos de cuidado no acompanhamento dos adolescentes em liberdade assistida. A escrita, enquanto dispositivo a ser utilizado nos atendimentos, é abordada como uma das possibilidades para que os adolescentes falem de si e de seus modos de ser e agir por outra via de expressão. Conclusão: A inter-relação entre ideias do SINASE e da Clínica Ampliada somaram para a problematização do acompanhamento de adolescentes quando trazem subsídios para pensar nos modos de atuação da psicologia. Modos estes que também dizem da interação com outras linhas de cuidado, serviços e profissionais. Os documentos estudados, SINASE e Clínica Ampliada, conversam entre si quando apontam para um cuidado que olha, escuta e compreende o sujeito como biopsicossocial, ou seja, em sua integralidade. A clínica com adolescente em liberdade assistida também permite pensar em outros dispositivos de cuidado e interação com os mesmos. A clínica denomina-se ampliada quando consegue se abrir para outras possibilidades de intervenção. A escrita, neste sentido, pode ser uma delas.

Adolescência; Liberdade Assistida; Clínica Ampliada