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O Hospital Especializado Lopes Rodrigues (HELR), localizado no Município de Feira de Santana, Bahia, vem promovendo atividades com seus pacientes, no sentido de promover a qualidade de vida, autonomia e inserção social destes, constituindo assim um mecanismo de desinstitucionalização, processo que não se resume apenas à desospitalização. O objetivo deste relato é descrever experiências vivenciadas nesta instituição, através do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde Redes de Atenção Psicossocial) enfatizando o estabelecimento de vínculo entre estudantes da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) e indivíduos com internação de longa permanência na unidade hospitalar. A aproximação com esses indivíduos se deu através da observação do processo de higienização corporal na instituição, passeio a um evento cultural fora da instituição, onde os indivíduos entraram em contato com a sociedade e da realização de oficinas e atividades de integração entre estes e os profissionais de saúde. Para que os indivíduos participem das atividades é necessário esforço para motivá-los, já que estes têm autonomia para decidir sobre isto. No entanto, uma vez motivados, participam ativamente. Durante as atividades fora da instituição, observou-se que alguns membros da sociedade demonstravam medo ou dificuldades de interação, principalmente os adultos, enquanto as crianças não apresentaram essa reação, o que demonstra que a visão sobre a loucura é uma construção social e provavelmente levou muitas pessoas a repensarem esta visão. Colocar estes indivíduos em contato com a sociedade é provar que eles têm condições de serem integrados a ela e exercer a sua cidadania. Na instituição, verificou-se que a integração entre pacientes e profissionais de saúde é importante para o estabelecimento de vínculos entre estes, aumentando a eficácia dos tratamentos e da qualidade do trabalho, além de proporcionar o acolhimento. Pode-se evidenciar também a iniciativa dos indivíduos institucionalizados em participar de atividades que possibilitem contato com o ambiente externo. Através destas experiências foi percebida a relevância dos passeios, das atividades lúdicas e terapêuticas realizadas com estes indivíduos para a promoção da saúde, reinserção social e qualidade de vida.