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O presente artigo tem como objetivo contribuir com algumas reflexões acerca da trajetória da Política de Saúde no Brasil, com ênfase na década de 1990, contexto em que ocorre uma contrarreforma do Estado, em função do avanço da política de ajuste neoliberal. Mesmo com a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), como resultado das lutas sociais, e que foi instituído pela Constituição Federal de 1988, passando a assegurar a saúde como direito de todos e dever do Estado, e garantindo o acesso universal a população, paradoxalmente esta torna-se alvo do processo de privatizações. Desse modo buscaremos explicitar os rebatimentos da ofensiva neoliberal na política de saúde e, consequentemente na atuação dos profissionais que atuam em tal espaço sócio- ocupacional, dentre os quais os assistentes sociais. O sucateamento da política de saúde brasileira na atual conjuntura de crise capitalista incide diretamente nas condições objetivas e subjetivas de trabalho dos assistentes sociais que então inseridos em tal política, e na qualidade dos serviços prestados a população.

Neoliberalismo.Política de saúde. serviço social.