Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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O IMPACTO DAS ATIVIDADES DO PET-REDES DE ATENÇÃO EM PROMOÇÃO AO ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO EM SANTA CRUZ DO SUL (RS): ANÁLISES DOS DADOS PARCIAIS
Patrícia Micheli Tabile, Dayane Diehl, Maria Salette Sartori, Thais Wilke Bernhard, Elaine Müller, Janine Koepp

Resumo


Os benefícios do aleitamento materno (AM) transitam em vários âmbitos do desenvolvimento do lactente, desde o adequado desenvolvimento da cavidade oral até reflexos no desenvolvimento da inteligência. Além disso, reduz índices de mortalidade infantil, risco de obesidade e garante nutrição adequada até o sexto mês. Por isso, há a necessidade de garantir a todas as mães o acesso a informações e ao apoio necessário para iniciar e manter o AM. O objetivo deste estudo é o impacto na duração do aleitamento materno exclusivo (AME) dos lactentes após início das atividades de promoção ao AME do PET-Rede Cegonha, a fim de possibilitar um aprimoramento na abordagem do tema e no processo de registro das informações relacionadas ao tema. O estudo é de natureza quantitativa através da análise de formulários sobre aleitamento materno exclusivo (AME), até os 3 meses e 29 dias, e aleitamento materno misto (AMM), aleitamento materno associado à água, chás e outros alimentos, preenchidos na Estratégia de Saúde da Família Menino Deus (ESF Menino Deus), no município de Santa Cruz do Sul, de janeiro de 2012 à abril de 2013. Dos 204 lactentes do ano de 2012, 65,68% (134 lactentes) estavam em AME e 34,32% em AMM. De janeiro a abril de 2012, foram registrados 41 lactentes em AME, correspondendo a 63,06% dos 64 lactentes do período. Enquanto que, em relação aos 39 lactentes do mesmo período de 2013, 66,66% estavam em AME e 33,34% em AMM. Verificou-se que o índice de AME aumentou mais que 1% no ano em que as atividades do PET-Rede Cegonha iniciaram na unidade de saúde, demonstrando a importância do projeto para as ações educativas e em promoção do AME na comunidade mesmo no curto tempo de atividades do projeto. Em relação aos formulários dos dados colhidos, percebeu-se a necessidade de serem readequados para facilitar a elaboração e melhorar o direcionamento das atividades de promoção ao AME, já que o formulário considera o período de AME somente os 4 primeiros meses de vida, diferente do preconizado pelo Ministério da Saúde, que é até os 6 meses de vida. Com esse formato de coleta de dados sobre AME, perde-se dados em relação às mães que não amamentam exclusivamente até os 6 meses e dificulta ações de promoções especificamente para essas puérperas. Assim, entende-se a importância de utilizar ferramentas para identificar as puérperas que não estão amamentando exclusivamente até os 6 meses e orientar sobre o processo de amamentação e a sua importância para a relação mãe-bebê e para a saúde da lactente para aumentar o índice de AME.

Palavras-chave


Aleitamento materno; Promoção da Saúde; Saúde da Família

Referências


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