Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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USO DE PSICOFÁRMACOS NA ATENÇÃO PSICOSSOCIAL: SUJEITO, AUTONOMIA E CORRESPONSABILIZAÇÃO
Indara Cavalcante Bezerra

Resumo


A compreensão das experiências do uso de psicofármacos no campo da saúde mental perpassa a centralidade no usuário e circula pela interface entre a ação terapêutica necessária ao seu cuidado e alternativas desmedicalizantes encontradas no território. O estudo trata-se, pois, de uma investigação que objetiva: discutir a gestão Do uso de medicamentos de usuários do Centro de Atenção Psicossocial, na relação usuário-família-equipe; analisar o uso de psicofármacos no Centro de Atenção Psicossocial, ressaltando a autonomia e a corresponsabilização de usuários, seus familiares e profissionais, no processo de cuidado; compreender as experiências de usuários, família e equipe de saúde do Centro de Atenção Psicossocial, no processo de construção de autonomia do usuário no seu processo de cuidado psicossocial. Toma por eixo teórico a importância de configurar e articular a reforma psiquiátrica, com seus marcos teóricos, importante na transformação de olhares e práticas, utilizando a concepção de hermenêutica como a arte de compreender textos, com destaque para textos em referência a entrevistas. Quanto à trajetória metodológica, a pesquisa teve como cenário o Centro de Atenção Psicossocial da SER IV, do município de Fortaleza. Participaram do estudo 24 sujeitos, entre eles: 5 profissionais de saúde mental do CAPS, 10 usuários e 9 familiares. Do material empírico analisado, resultaram três temáticas, a partir das unidades de significação ressaltadas do texto, as quais se destacaram como: o cuidado dispensado ao usuário no Centro de Atenção Psicossocial: da medicamentalização à corresponsabilização das ações; a gestão do uso do medicamento: desconhecimento e protagonismo da família; construção de autonomia do sujeito no processo de cuidado: (des) institucionalização e (des) articulação da rede assistencial. Do campo empírico emergiu um sujeito-usuário perdido, em confronto com uma realidade institucionalizante. Em seu território, o exercício de fazer saúde fundamenta-se na clínica tradicional e hegemônica, configurada na prática medicalizante, na qual o fluxo assistencial é limitado, explorando minimamente os recursos comunitários e familiares. Nesse contexto, desenvolve-se a construção da corresponsabilização da família na gestão dessas alternativas de cuidado, na qual sua participação torna-se essencial. Por outro lado, percebe-se que seu cotidiano transita pela sobrecarga de responsabilidades e o compromisso com o autocuidado. Em busca de transpor essa realidade, a assistência à saúde mental deve estabelecer ações de base territorial e em interlocução com a comunidade, para favorecer o exercício de autonomia dos sujeitos e oferecer espaços mais efetivos de cuidado.

Palavras-chave


Palavras-chave: Saúde Mental; Uso de psicofármacos; Atenção Psicossocial; Sujeito; Autonomia; Corresponsabilização.

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