Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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Ouvir/Atuar – CGÊNERO- Inovando na Saúde Pública
Suzana Nussemeyer da Rosa, Jacira Silva da Rosa

Resumo


O Grupo Hospitalar Conceição(GHC), localizado em Porto Alegre/RS, é uma instituição vinculada ao Ministério da Saúde, sendo constituído por quatro unidades hospitalares, Hospital Nossa Senhora da Conceição, Hospital da Criança Conceição, Hospital Cristo Redentor e Hospital Fêmina; e também pelo Serviço de Saúde Comunitária com 12 unidades básicas de saúde e por Centro de Atenção Psicosocial II, Centro de Atenção Psicosocial Alcool e outras Drogas, Centro de Atenção Psicosocial da Infância e Adolescência, Consultório de Rua e Unidade de Pronto Atendimento.

A comissão CGênero está referendada a Coordenação de Direitos Humanos a qual tem como missão propor diretrizes e desenvolver ações que gerem reflexão e mudança na cultura organizacional no que tange o respeito aos Direitos Humanos e Igualdade de Gênero, considerando todas as diversidades.

Com base nesta perspectiva, é que o GHC, através do Recrutamento e Seleção, propõe-se a atender a solicitação de um estagiário para usar carteira social. O estagiário iniciou suas atividades no laboratório. Após três dias de ingresso veio ao recrutamento e se identificou como transexual e solicitando alteração de seu nome do registro civil para usar nome social, no crachá institucional. Foi realizada discussão deste case em equipe, com a possibilidade de darmos inicio ao crachá de nome social na instituição, pois não era de uso institucional a carteira social.

A carteira social tem a função de carteira de identidade, permitir que travestis e transexuais sejam identificadas por nomes femininos. A medida foi devido às muitas pessoas não entenderem o que é nome social. É não ser chamado pelo nome masculino tendo uma aparência feminina. Ao assumir uma identidade e não ser reconhecidos com ela pode ocasionar um constrangimento.

O estado do Rio Grande do Sul é o primeiro do país a adotar a carteira de nome social e o GHC é o pioneiro no estado na área da saúde.

A promoção dos direitos humanos é uma obrigação de todos, mas para se tornar realidade depende do diálogo constante com a sociedade. Devemos aproximar cada pessoa no que concerne à luta pelo direito à diversidade de identidade de gênero. Ainda há muitos caminhos a serem trilhados, mas os primeiros passos por nossa instituição já foram dados e agora cabe a cada um de nós - dentro e fora das esferas públicas - mantermos firmes nessa jornada para construir a igualdade e equidade de gênero, considerando todas as diversidades e orientação sexual.

 


Palavras-chave


Diversidade; perspectiva; crachá