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Introdução: O Projeto Terapêutico Singular (PTS) é um instrumento de gestão da atenção à saúde com grande potencial de construção de um plano de cuidado integral e humanístico, capaz de intervir coletivamente por meio de pactuações entre a equipe de saúde, o paciente e a família¹. O PTS utiliza a discussão de caso, para implementar uma certa forma de planejar e compartilhar a clínica e o processo terapêutico², possibilitando a reflexão de cada caso, um a um. Cinco momentos importantes determinam o PTS. O primeiro momento é diagnosticar. Logo, é preciso traçar metas. O terceiro momento corresponde à divisão de responsabilidades entre os profissionais. Posteriormente, é necessário negociar propostas e, por fim, deve-se fazer uma reavaliação do paciente³. Objetivo: descrever a aplicação do PTS, junto à Unidade Básica de Saúde (UBS), com uma usuária com diagnóstico de hanseníase. Método: Relato de experiência da realização do PTS junto a uma usuária da UBS de Palmeira das Missões/RS, diagnosticada com hanseníase. A atividade aconteceu nos meses de abril e maio de 2010. O conhecimento do caso aconteceu por fonte secundária, a partir da pesquisa de prontuário, que possibilitou a aproximação com o caso e o conhecimento de sua história clínica, evolução da doença e o contexto em que vivia a usuária portadora da doença. Por conseguinte, realizou-se visita à residência da usuária, onde foram coletados dados, como: fármacos utilizados, histórico de vida, genograma, ecomapa, situações de risco, redes de apoio e identificação de cuidadores. Resultados: Foi elaborada a árvore genealógica da família da paciente. O PTS obedeceu a suas cinco etapas. O diagnóstico contemplou as características orgânicas, psicológicas e sociais da usuária. Ao definir metas, foram realizadas prescrições de Enfermagem. As responsabilidades foram divididas entre os estudantes e o profissional de saúde da UBS. A negociação foi pactuada junto a paciente e sua cuidadora. Na fase da reavaliação, foi marcada uma nova consulta (em 30 dias) com o profissional da UBS. Conclusão: É necessário um planejamento das ações de saúde de maneira individualizada e integral, a fim de potencializar a capacidade de resposta do serviço de saúde às necessidades dos usuários. Para efetivar essas ações é importante que o usuário saia de uma posição passiva – na qual os profissionais de saúde são os ‘detentores do saber’ – para uma condição ativa, assumindo responsabilidade e autonomia sobre sua vida.

Atenção Primária à Saúde; Profissionais da Saúde; Enfermagem.