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Introdução: A hospitalização em si é uma situação crítica e delicada e tem contornos especiais quando se trata de um acontecimento na vida de uma criança. Para tornar a hospitalização da criança menos traumática e humanizar a assistência de enfermagem, são necessárias medidas que minimizem o trauma ocasionado pela mudança brusca de rotinas. Entre as estratégias, destacam-se as brinquedotecas hospitalares, que tem como objetivo explorar a ludicidade, estimular a criança a brincar, criar e aprender. A utilização do lúdico como meio terapêutico parte da ideia que a criança hospitalizada, ao brincar, reage melhor ao cuidado. Objetivo: Relatar a experiência do uso do brinquedo terapêutico às práticas de cuidado a crianças hospitalizadas. Metodologia: As atividades foram realizadas na ala pediátrica de um hospital geral, no interior do RS, durante 13 dias. A idade e o desenvolvimento cognitivo da criança foram critérios para a escolha dos brinquedos. Utilizou-se brinquedos como bonecas, carrinhos, jogos e desenhos para colorir. No total, participaram15 crianças. A atividade tinha duração média de uma hora. As atividades foram realizadas respeitando às normas e rotinas do hospital. Após o uso dos brinquedos, os mesmos eram limpos. Resultados: Utilizando o brinquedo terapêutico como uma ferramenta de cuidado às crianças hospitalizadas, é possível perceber que as mesmas mostraram-se mais tranquilas e confiantes durante a realização de algum procedimento referente ao seu tratamento. Além disso, houve uma aproximação dos alunos e dos profissionais com as crianças e familiares que as acompanhavam. Em consequência ao fortalecimento desse vínculo, houve maior envolvimento e participação dos pais no cuidado prestado. A brinquedoteca hospitalar surge como uma estratégia para minimizar os efeitos negativos do processo de hospitalização, pois se constitui em um local apropriado com inúmeros recursos: brinquedos, jogos e um espaço para a realização de atividades expressivas, situações que tornam o ambiente acolhedor e aproximam a criança de elementos que constituem o universo infantil. Conclusão: A inserção do brinquedo no tratamento das crianças facilita a realização das medicações e procedimentos prescritos, contribuindo para sua recuperação. Parece-nos interessante que os profissionais passem a adotar o brinquedo terapêutico como ferramenta de auxílio ao tratamento das crianças hospitalizadas, de modo a ajudar na compreensão das necessidades das crianças como um todo.

Saúde da criança; hospitalização; Enfermagem pediátrica.