Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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MANOBRA DE DESOBSTRUÇÃO PARA AVALIAR PACIENTE COM SUSPEITA DE COLABAMENTO DE MEATO ACÚSTICO EXTERNO
Mirian Barroso de Albuquerque, Flaviana Souza Sabóia, Francisca Magnólia Diógenes Holanda Bezerra, Christina César Praça Brasil, Valéria Rabelo Lima Batista, Raimunda Magalhães da Silva

Resumo


Introdução: O colabamento do meato acústico externo (MAE) dificulta a passagem do som da orelha externa para a interna. O conduto auditivo pode apresentar abertura tão incomumente pequena e estreita que dificulta a realização da avaliação auditiva de forma fidedigna. Em audiologia ocupacional, é fundamental que os limiares tonais sejam obtidos com precisão, porque serão referencias para monitoramentos audiométricos futuros e pode também contribuir com um resultado falso positivo prejudicando a vida profissional de pessoas que trabalham em ambientes ruidosos. Objetivo: Utilizar a manobra de desobstrução para avaliar paciente com suspeita de colabamento de MAE. Metodologia: Trata-se de um relato de caso de avaliação auditiva em um colaborador de uma empresa de grande porte localizada na cidade de Maracanaú, estado do Ceará. Foi observado durante a meatoscopia no seu exame admissional um estreitamento significativo no MAE do colaborador, e ao realizar a avaliação audiométrica o paciente apresentou uma suposta perda auditiva que não condizia com a percepção subjetiva do avaliador. Para efeito investigatório foi realizada uma nova avaliação audiométrica utilizando uma manobra que introduz no MAE uma sonda da imitanciometria de silicone com uma abertura na sua porção central para que fosse aliviada a pressão exercida pelos fones do equipamento contra o pavilhão auricular e MAE.  O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética com registro 08-175. Resultados: Na avaliação inicial, na orelha direita foram observados limiares auditivos de via área dentro da normalidade (até 25dBna), de configuração descendente, com gap aéreo-ósseo variando de 5 a 20dBNA, sendo: 5 em 500Hz, 10 em 1000Hz, 5 em 2000Hz, 10 em 3000Hz e 20 em 4000Hz. Na orelha esquerda, mostrou limiares de via aérea variantes de 20 à 45dBNA, também com configuração descendente, com gap aéreo-ósseo variando de 15 à 40dBNA, sendo: 15 em 500Hz, 20 em 1000Hz, 25 em 2000Hz, 30 em 3000Hz e 40 em 4000Hz. Após a manobra, foram obtidos novos limiares auditivos, onde na orelha direita a via aérea apresentou limiares auditivos normais, com configuração descendente sem a presença de gap aéreo-ósseo e à esquerda, os limiares variaram entre 10 e 20dBNA, também sem a presença de gap aéreo ósseo. Conclusão: A manobra do uso adaptado da sonda da imitanciometria proporcionou a desobstrução para a condução adequada do som e a realização do exame audiométrico.