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Introdução: O trabalho de Educação em Saúde no âmbito da alta complexidade se configura como uma importante ferramenta de trabalho dada a possibilidade de estimular a participação dos usuários na busca de estratégias coletivas de enfrentamento dos problemas vividos pelos mesmos, além disso, a experiência grupal permite que os participantes se beneficiem de trocas de experiências que ocorrem entre eles e também com as contribuições dos demais profissionais de saúde, essa relação possibilita um trabalho mútuo de reflexão. A partir deste entendimento, o objetivo do estudo foi compreender as possibilidades e os limites da realização de Educação em Saúde no espaço hospitalar. O método utilizado foi revisão bibliográfica acerca da política de saúde no Brasil com foco na Educação em Saúde no âmbito da média e alta complexidade. Esta revisão foi construída a partir de pesquisas em livros, revistas científicas, trabalhos acadêmicos - projetos de extensão, monografia de especialização e conclusão de curso, teses e dissertações - artigos, publicações eletrônicas, dentre outros, relacionados ao tema. Resultados: a Educação em Saúde na esfera hospitalar traz desafios porque ainda é um lugar com o predomínio da doença, de pacientes crônicos e debilitados e de hegemonia médica. Porém, é no espaço hospitalar que se encontram também usuários capazes de participarem ativamente de seu processo de recuperação, ansiosos e receptivos a atividades nas quais se sintam sujeitos capazes de expressarem suas dúvidas, refletirem acerca de seu universo familiar, ocupacional, emocional e até mesmo político. É preciso incorporar um olhar horizontal profissional/usuário, aproveitando o período de hospitalização para criar novas relações dos usuários com o sistema de saúde, reprogramar suas vidas, adquirir novos hábitos de autocuidado e autonomia, construindo no ambiente hospitalar um espaço de promoção da saúde, da defesa da vida e de cidadania. Conclusão: Nesse sentido, afirmamos a importância da Educação em Saúde no âmbito hospitalar, uma vez que é direito do usuário dos serviços de saúde participar do processo de tratamento de sua doença. Por isso a importância de atividades onde os usuários possam colocar suas dúvidas, experiências, para consequente reflexão de sua realidade social.