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Introdução: O Trabalho surgiu da necessidade de relatar as experiências da Residência Multiprofissional em Saúde Mental Coletiva no processo de territorialização do Município de Iguatu-CE,  a fim de apresentar as potencialidades, necessidades e levantamentos de dados significativos encontrados no território, no intuito de refletir a construção de estratégias para ações de saúde que visem a melhoria das condições biopsicossociais e a redução de danos da população. Para Ceccim (2005) o processo de territorialização amplia os saberes e práticas no campo da saúde, portanto sua relevância implica em ampliar a identificação de problemáticas que permeiam os equipamentos que constituem a rede de saúde mental e as novas formas de pensar saúde, bem como suas implicações significativas. Objetivo: Relatar as experiências da Residência Multiprofissional em Saúde Mental Coletiva no processo de territorialização do Município de Iguatu-CE. Metodologia: O trabalho é qualitativo do tipo pesquisa-ação e quantitativo, devido ao levantamento de dados epidemiológicos pelo Registro das Ações Ambulatoriais de Saúde (RAAS). Buscou envolver todos os equipamentos da rede de saúde mental, atenção básica, rede de assistência social entre outras instituições. Ocorreu no período de Junho a Julho de 2013 e como técnica de coleta de dados utilizou-se: a observação participante realizada em visitas institucionais, entrevistas com profissionais, mapeamento das redes e de políticas setoriais, a identificação de lideranças e de movimentos populares, bem como a realização da análise situacional através da matriz FOFA. Resultados: Apresentaram algumas fragilidades, cujas principais são: a precarização da rede de saúde mental do município, que apresentou uma estrutura física deteriorada, o pouco quantitativo de profissionais em sua rede de atenção psicossocial, a centralização dos processos decisórios de gestão em detrimento da Política Nacional de Humanização (2009) e um desalinho com relação aos atendimentos e aos serviços realizados nos CAPSs em desacordo com a Política de Saúde Mental (2004). Conclusão: Concluiu-se que a partir desse processo, foi possível perceber que o reconhecimento do território é de suma importância para o planejamento das atividades a serem desenvolvidas, para identificar dificuldades e desafios que a rede de saúde mental enfrenta, bem como sondar quais as potencialidades disponíveis nesse território que efetivem a participação e a integração dos serviços.

Processo de Territorialização; Residência Multiprofissional em Saúde; Implicações Significativas.