Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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INCLUSÃO SOCIAL DE CRIANÇAS COM MIELOMENINGOCELE NA ESCOLA: DESAFIOS A SEREM ENFRENTADOS
Ana Carla Carvalho de Sousa, Sarah Vieira Figueiredo, Ilvana Lima Verde Gomes

Resumo


Introdução: A inclusão social de pessoas com deficiência continua sendo um problema que necessita de atenção, principalmente devido às dificuldades relacionadas ao acesso aos serviços de saúde e a escola, situação vista como sendo prejudicial ao desenvolvimento humano. O acesso à educação representa uma forma de estar promovendo a inclusão desses indivíduos na sociedade e contribuindo para a redução da taxa de analfabetismo. A educação de crianças com algum tipo de deficiência carece de profissionais capacitados para lidar com a doença, principalmente quando se trata de malformações do tubo neural, como é o caso da mielomeningocele que deixa sequelas que prejudicam o desenvolvimento físico e até mesmo mental. Objetivo: Conhecer as dificuldades enfrentadas por crianças com mielomeningocele durante o processo de escolarização. Métodos: Trata-se de um estudo de caso de uma criança com mielomeningocele internada em um hospital de referência pediátrica do Ceará (Brasil), no mês de novembro de 2013, onde utilizuo-se de uma entrevista semiestruturada com um familiar dessa criança. O presente estudo é um recorte de uma pesquisa maior aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do referido hospital (n°401.189). Todas as normas da Resolução 466/2012 foram respeitadas. Resultados: A criança participante tinha oito anos, andava de cadeira de rodas e utilizava órteses para locomoção. A escola que esta frequentava era privada e próxima a sua residência. A partir da análise das falas do familiar, observou-se que a criança com mielomeningocele apresenta vários desafios que interferem durante seu processo de escolarização, tais como: a vergonha, por precisar de alguém para ajudá-la na sua higiene; a insegurança, causada por não conseguir controlar o esvaziamento vesical e intestinal, contribuindo, assim, para a inadaptação ao ambiente escolar; a dificuldade de aprendizado, devido a deficiências neuropsicológicas decorrentes das sequelas advindas da própria mielomeningocele; e o preconceito causado pela deficiência física, ocasionando muitas vezes a exclusão social. Conclusão: Para a inclusão de crianças com mielomeningocele na escola, faz-se necessário que profissionais sejam capacitados para saber lidar com a deficiência desses alunos, e que haja uma estrutura física e material capaz de promover a acessibilidade dentro e fora da escola, contribuindo, assim, para a inserção dessas pessoas na sociedade.

Palavras-chave


Mielomeningocele; criança; escolaridade