Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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COMPREENSÃO DOS PRECEPTORES SOBRE O SEU PAPEL NA RESIDÊNCIA INTEGRADA EM SAÚDE - RIS, NO MUNICÍPIO DE QUIXADÁ-CE
Anne Karoline Silva Felix, Camila Cardoso Castelo Branco, Evanise Leandro Pereira, Isabel Cristiane Martins Bezerra, Karina Cavalcante Braga, Mayna Pessoa Cabral, Michaelly Timbó Xavier, Raquel Rufino Ferreira

Resumo


Introdução: A Residência Integrada em Saúde (RIS) constitui modalidade de ensino de pós-graduação Lato Sensu, em regime de tempo integral e dedicação exclusiva, caracterizando-se como educação para o trabalho, através da aprendizagem em serviço. Nesse arranjo de formação profissional emerge a figura do preceptor, parte do corpo docente-assistencial, que executa o seu papel de educador de maneira diferente da tradicional, concebendo o território e o serviço como espaços de produção do conhecimento e os residentes, profissionais do serviço, usuários e gestores como sujeitos do processo educativo. No entanto, o “novo” trazido pela RIS mostra-se gerador de incertezas por quem executa a docência, de acordo com pesquisa acadêmica. Objetivo: Compreender como os preceptores identificam seu próprio fazer e produzem representações e afetos sobre seu papel. Método: Estudo qualitativo, com pesquisa documental aos registros das atividades teórico-práticas (roda de núcleo e roda de campo). Resultados: Em fase inicial, sobre o papel do preceptor, se destacou o de apoiador e facilitador de processos educativos que fogem aos tradicionais com vistas a mudanças significativas nos processos de trabalho, qualificando a atuação profissional e efetivando princípios do Sistema Único de Saúde - SUS. Os preceptores avaliam seu fazer como um intenso processo de troca, com implicações positivas para todos os atores envolvidos, porém permeado de limites e desafios. Nesse sentido, os principais sentimentos destacados foram: pertencimento, satisfação, prazer, aprendizado, medo, angústia, incerteza, despreparo, dificuldade. Conclusão: Ainda por ser finalizado o estudo, as primeiras conclusões nos apontam que, apesar de normativas que orientam o fazer do preceptor, a delimitação da sua identidade profissional ainda está em construção por ser uma forma inovadora no processo de educar no SUS e por comportar uma complexidade de componentes (culturais, subjetivos, técnicos etc.). Fica o indicativo de que o “ser preceptor” e todos os sentimentos que esse “ser” carrega deve ser objeto de mais estudos científicos, diante do seu papel inerente ao desenvolvimento do SUS.

Palavras-chave


Resisdência Integrada em Saúde; Preceptoria; Quixadá.