Tamanho da fonte:
DETERMINANTES SOCIAIS DE SAÚDE EM GESTANTES DE RISCO HABITUAL: UMA AVALIAÇÃO A PARTIR DO MODELO DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS
Resumo
Introdução: O período gestacional representa um importante momento para ações de promoção da saúde, de incentivo ao autocuidado e prevenção de condições de saúde. Nesse sentido, a avaliação das atividades de vida diária (AVDs) apoiada no Modelo de Atenção as Condições Crônicas de saúde (MACC) torna-se relevante para nortear intervenções junto aos determinantes sociais de saúde intermediários, proximais e individuais. Objetivo: Avaliar os determinantes sociais de saúde em gestantes de risco habitual, segundo o MACC. Método: Estudo descritivo, transversal, com abordagem quantitativa, realizado no Centro de Parto Normal Lygia Barros (CPN) junto a 58 gestantes que iniciaram o acompanhamento pré-natal entre agosto/2010 e janeiro/2011. A coleta de dados foi realizada em fevereiro/2011, utilizando um formulário semi-estruturado que abordava: caracterização das gestantes, história obstétrica e os itens que contemplam as AVD. A partir do MACC as AVDs foram classificadas segundo o nível de intervenção: nível 1 (intervenções de promoção da saúde: manutenção de um ambiente seguro; e trabalho e lazer); nível 2 (intervenções de prevenção das condições de saúde: alimentação; higiene pessoal e vestuário; expressão da sexualidade; e padrão de sono) ou nível 3 (intervenções sobre fatores de risco biopsicológicos: comunicação; respiração; eliminação; controle da temperatura; mobilidade e luto) (MENDES, 2012). Foram respeitadas todas as recomendações e requisitos éticos previstos na Resolução Nº 196/96. Resultados: As gestantes entrevistadas tinham, em média, 23,8 anos de idade (dp=6,3) e 12,6 anos de estudo (dp=2,2). A adequabilidade dos domínios das AVDs foi assim distribuída: ambiente seguro (43; 74,1%); comunicação (35; 60,3%); padrão respiratório (34; 58,6%); alimentação (14; 24,1%); eliminação (42; 72,4%); higiene e vestuário (25; 43,1%); controle da temperatura (54; 93,1%); mobilidade (31; 53,4%); trabalho e lazer (43; 74,1%); sexualidade (40; 68,9%); padrão de sono (52; 89,6%); e processo de perda/luto (52; 89,6%). A partir desses dados, 49 (xx%) das gestantes revelaram necessitar de intervenções nos níveis 1, 2 e 3 do MACC. Conclusão: Durante o plano de cuidados à gestante de risco habitual, deve-se priorizar intervenções juntos aos seguintes determinantes sociais de saúde proximais (alimentação e nutrição; higiene pessoal e vestuário) e individuais (comunicação; respiração e mobilidade), além dos protocolos assistenciais preconizados pelo Ministério da Saúde.
Palavras-chave
gestantes; condições de saúde; enfermagem