Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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DETERMINANTES SOCIAIS DE SAÚDE EM GESTANTES DE RISCO HABITUAL: UMA AVALIAÇÃO A PARTIR DO MODELO DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS
Liana Mara Rocha Teles, Thaís Marques Lima, Amanda Souza de Oliveira, Fernanda Câmara Campos, Priscilia de Souza Aquino, Ana Karina Bezerra Pinheiro, Ana Kelve de Castro Damasceno

Resumo


Introdução: O período gestacional representa um importante momento para ações de promoção da saúde,  de incentivo ao autocuidado e prevenção de condições de saúde. Nesse sentido, a avaliação das atividades de vida diária (AVDs) apoiada no Modelo de Atenção as Condições Crônicas de saúde (MACC) torna-se relevante para nortear intervenções junto aos determinantes sociais de saúde intermediários, proximais e individuais. Objetivo: Avaliar os determinantes sociais de saúde em gestantes de risco habitual, segundo o MACC. Método: Estudo descritivo, transversal, com abordagem quantitativa, realizado no Centro de Parto Normal Lygia Barros (CPN) junto a 58 gestantes que iniciaram o acompanhamento pré-natal entre agosto/2010 e janeiro/2011. A coleta de dados foi realizada em fevereiro/2011, utilizando um formulário semi-estruturado que abordava: caracterização das gestantes, história obstétrica e os itens que contemplam as AVD. A partir do MACC as AVDs foram classificadas segundo o nível de intervenção: nível 1 (intervenções de promoção da saúde: manutenção de um ambiente seguro; e trabalho e lazer); nível 2 (intervenções de prevenção das condições de saúde: alimentação; higiene pessoal e vestuário; expressão da sexualidade; e padrão de sono) ou nível 3 (intervenções sobre fatores de risco biopsicológicos: comunicação; respiração; eliminação; controle da temperatura; mobilidade e luto) (MENDES, 2012). Foram respeitadas todas as recomendações e requisitos éticos previstos na Resolução Nº 196/96. Resultados: As gestantes entrevistadas tinham, em média, 23,8 anos de idade (dp=6,3) e 12,6 anos de estudo (dp=2,2). A adequabilidade dos domínios das AVDs foi assim distribuída: ambiente seguro (43; 74,1%); comunicação (35; 60,3%); padrão respiratório (34; 58,6%); alimentação (14; 24,1%); eliminação (42; 72,4%); higiene e vestuário (25; 43,1%); controle da temperatura (54; 93,1%); mobilidade (31; 53,4%); trabalho e lazer (43; 74,1%); sexualidade (40; 68,9%); padrão de sono (52; 89,6%); e processo de perda/luto (52; 89,6%). A partir desses dados, 49 (xx%) das gestantes revelaram necessitar de intervenções nos níveis 1, 2 e 3 do MACC. Conclusão: Durante o plano de cuidados à gestante de risco habitual, deve-se priorizar intervenções juntos aos seguintes determinantes sociais de saúde proximais (alimentação e nutrição; higiene pessoal e vestuário) e individuais (comunicação; respiração e mobilidade), além dos protocolos assistenciais preconizados pelo Ministério da Saúde.

Palavras-chave


gestantes; condições de saúde; enfermagem